Conforme informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgadas nesta quarta-feira (11), o setor de serviços brasileiro cresceu 1,1% em volume com relação ao mês de setembro. Já na comparação com o mês de 2023, o volume teve alta de 6,3%.
Esses números foram acima das expectativas do mercado, que apontavam um crescimento de 0,7% no intervalo, segundo uma pesquisa da “Reuters”. Na base comparativa com outubro do ano passado, a projeção era de alta de 5,8%.
O Instituto detalhou que o crescimento do setor de serviços teve impulso dos transportes, iniciando o último trimestre do ano com renovação do ponto mais alto da série histórica.
“O setor de serviços renova em outubro o ápice da série, bem como o setor de serviços turísticos. E transporte aéreo está perto do pico da série. É um bom momento do setor de serviços”, disse Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa no IBGE.
O ano de 2024 foi favorecido pelo mercado de trabalho mais aquecido, que levou ao aumento de renda, o que impulsionou o setor de serviços e contribuiu positivamente para a expansão do PIB (Produto Interno Bruto).
Dentre os segmentos que integram o setor de serviços e ajudaram com a alta em outubro, o principal foi o de transportes, que avançou 4,1%, com taxas positivas em seus quatro modais: terrestre (1,6%); aquaviário (0,7%); aéreo (27,1%) e armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio (2,6%), de acordo com a “CNN Brasil”.
Além disso, o IBGE também destacou o avanço de 1,6% em serviços profissionais, administrativos e complementares. No entanto, retrações foram diagnosticadas em outros três segmentos: informação e comunicação (-1,0%); outros serviços (-1,4%) e serviços prestados às famílias (-0,1%).
Enquanto isso, um houve um avanço significativo no volume das atividades turísticas no Brasil, que cresceu 4,7% na comparação com setembro, e o segmento também marcou novo recorde, superando em 4,4% o mês de junho de 2024, antigo ápice.
Setor de serviços desacelera em novembro, aponta PMI
O setor de serviços do Brasil desacelerou em novembro, aponta o PMI (Índice de Gerentes de Compras), da S&P Global, divulgado nesta quarta-feira (4). O índice passou de 56,2 em outubro para 53,6 em novembro, mas permaneceu acima dos 50 pontos, o que quer dizer que o setor segue crescendo.
Este é o 14º mês seguido que o Brasil fica com um PMI acima de 50, mas o nível atual é o mais baixo desde agosto. A desaceleração em novembro indica um menor crescimento da criação de novos negócios e afeta a geração de emprego no país, segundo a S&P Global.
O subsetor com maior desaceleração foi o de Finanças e Seguros, o único a ter queda nas vendas entre os quatro pesquisados. Outro destaque é o aumento nos gastos operacionais no setor de serviços, principalmente na compra de alimentos, químicos, material de escritório e combustíveis.
Ao mesmo tempo, a taxa geral de inflação de insumos e os preços de venda foram os menores dos últimos cinco meses.
Entre as explicações para uma menor geração de empregos no setor de serviços está a necessidade de preservação dos fluxos de caixa nas empresas, com custos de empréstimos maiores e aumento de gastos, disse a diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence, Pollyanna De Lima, ao “InfoMoney”.