Setor de serviços recua 0,6% em setembro

Setor ficou 3,7% acima do nível pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, porém, está 8,0% abaixo do recorde alcançado em novembro de 2014

O setor de serviços registrou queda de 0,6% de agosto para setembro, interrompendo uma sequência de taxas positivas nos cinco meses anteriores, quando acumulou ganho de 6,2%, conforme os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Com o resultado, o setor ficou 3,7% acima do nível pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, porém, está 8,0% abaixo do recorde alcançado em novembro de 2014. 

Das cinco atividades que compõem o índice, quatro recuaram, com destaque para transportes (-1,9%), que apresentaram a taxa negativa mais intensa desde abril do ano passado, período em que registrou -19,0%. 

“O principal impacto negativo nessa queda do setor de serviços veio dos transportes, que foram influenciados pelas quedas no transporte aéreo de passageiros, devido à alta de 28,19% no preço das passagens aéreas, no transporte rodoviário de cargas e também no ferroviário de cargas”, disse o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, em nota.

Recuaram no período também: outros serviços (-4,7%), informação e comunicação (-0,9%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,1%).

O setor de serviços prestados às famílias foi o único a avançar no período, com a sexta positiva consecutiva de 1,3%. 

“Esses são justamente os serviços que mais sofreram com os efeitos econômicos da pandemia e têm mostrado algum tipo de fôlego, de crescimento. Com o avanço da vacinação e a flexibilização das atividades econômicas, as pessoas voltam a consumir com maior intensidade serviços de alojamento e alimentação”, afirma Lobo.