O setor público consolidado fechou setembro com déficit primário de R$ 7,340 bilhões, conforme divulgou o BC (Banco Central) nesta segunda-feira (11). Um ano antes, o resultado havia sido deficitário em R$ 18,071 bilhões.
Os dados do setor público consolidado envolvem governo central (formado por Previdência e Tesouro, além do próprio BC), Estados, municípios e estatais. Ficam fora da conta empresas dos grupos Petrobras (PETR3;PETR4) e Eletrobras (ELET3), além de bancos públicos, como Banco do Brasil (BBAS3) e Caixa Econômica Federal.
O resultado de setembro refletiu um déficit do governo central de R$ 3,974 bilhões e um déficit de R$ 3,173 bilhões dos Estados e municípios. As estatais tiveram déficit de R$ 192 milhões.
Nos 12 meses até setembro, por sua vez, o déficit foi de R$ 245,605 bilhões, o equivalente a 2,15% do PIB (Produto Interno Bruto). Em 12 meses até agosto, o déficit estava em 2,26% do PIB.
Dívida bruta do Brasil recua para 78,3% do PIB em setembro
A dívida bruta do Brasil registrou queda e ficou abaixo do esperado em setembro, em 78,3% do PIB, 78,5% no mês anterior. Já a dívida líquida foi a 62,4%, de 62,0%. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (11) pelo BC.
As expectativas em pesquisa da Reuters eram de 78,8% para a dívida bruta e de 62,3% para a líquida.
A queda na dívida bruta decorreu principalmente da evolução dos juros nominais apropriados (+0,6 ponto percentual), do resgate líquido de dívida (-0,2 p.p.), da valorização cambial (-0,2 p.p.) e da variação do PIB nominal (-0,5 p.p.).
Já o resultado da dívida líquida refletiu os impactos da valorização cambial de 3,7% no mês (+0,5 p.p.), dos juros nominais apropriados (+0,4 p.p.), da variação do PIB nominal (-0,4 p.p.), e dos demais ajustes da dívida externa líquida (-0,2 p.p.).