O setor público consolidado brasileiro, que inclui governo central, Estados, municípios e estatais (exceto Petrobras e Eletrobras), registrou déficit primário de R$ 47,091 bilhões em junho, informou o BC (Banco Central) nesta quinta-feira (31).
O valor representa o pior resultado para meses de junho desde 2023, quando o déficit chegou a R$ 48,899 bilhões.
O número também superou as estimativas mais pessimistas do mercado.
A mediana das projeções coletadas pela pesquisa Projeções Broadcast apontava para um déficit de R$ 41 bilhões, com intervalo entre R$ 32,2 bilhões e R$ 46,6 bilhões.
Em comparação com o mesmo mês do ano passado, quando o saldo negativo foi de R$ 40,837 bilhões, houve deterioração nas contas públicas.
A maior parte do rombo em junho veio do governo central, que reúne Tesouro Nacional, BC e INSS, com um déficit de R$ 43,527 bilhões.
As empresas estatais também fecharam o mês no vermelho, com saldo negativo de R$ 2,619 bilhões.
Já os governos regionais tiveram desempenho levemente positivo. Estados e municípios, somados, apresentaram superávit de R$ 954 milhões.
Separadamente, os Estados registraram déficit de R$ 1,354 bilhão, enquanto os municípios contribuíram com superávit de R$ 400 milhões.
Setor público tem superavit de R$ 104 bi, maior janeiro da história
O setor público consolidado registrou um superávit nominal de R$ 63,737 bilhões em janeiro, após um déficit de R$ 80,372 bilhões em dezembro, conforme informou o BC (Banco Central).
Em janeiro de 2024, o superávit nominal foi de R$ 46,692 bilhões. Historicamente, o primeiro mês do ano tende a apresentar resultados positivos nas contas públicas.
O déficit nominal acumulado do setor público nos últimos 12 meses alcançou R$ 956,471 bilhões, o equivalente a 8,05% do PIB (Produto Interno Bruto). Em comparação com 2024, que fechou o ano com R$ 997,976 bilhões, ou 8,45% do PIB, houve uma leve melhoria.
O superávit nominal do governo central foi de R$ 49,619 bilhões em janeiro, enquanto os governos regionais apresentaram um saldo positivo de R$ 15,341 bilhões. Por outro lado, as empresas estatais registraram um déficit nominal de R$ 1,223 bilhão.
Esse superávit nominal reflete a diferença entre as receitas e despesas do setor público, incluindo o pagamento dos juros da dívida pública.