Alexandre SIlveira (PSD-MG), ministro de Minas e Energia, afirmou que o Brasil precisa entrar em um debate franco sobre soluções para evitar mais custos às tarifas de energia dos brasileiros.
O ministro ainda indicou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que os membros do governo tentem encontrar formas de modernizar o setor e reduzir as distorções.
Lula esteve com dezenas de especialistas em abril, que lhe apresentaram a falta de sustentabilidade do setor de energia, que pesa, principalmente, na conta de luz dos mais pobres, de acordo com o ‘Valor”.
Dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), mostram que, em 2023, foram gastos R$ 40,3 bilhões em subsídios, cerca de 13,21% da tarifa.
“A batalha é para conseguir modicidade tarifária para os que mais precisam, para um ciclo virtuoso que o Brasil precisa. Não podemos obrigar que os brasileiros sejam submetidos a tarifas tão altas”, frisou, Silveira.
O ministro também gritou sobre a migração de consumidores para o mercado livre de energia. Ele sugeriu que o movimento deixa custos aos outros consumidores, já que as concessionárias ficam com sobre d energia no portfólio e repassam os custos aos clientes.
Uma quantidade de consumidores migra para o mercado livre ou implanta painéis solares, deixando custos aos consumidores que não fazem a migração. É uma espiral da morte”, disse.
No Brasil, em média, o consumidor do mercado regulado paga cerca de R$ 730 por megawatt-hora na tarifa, enquanto um consumidor livre tem tarifa 30% menor, e um consumidor livre que usa um modelo de energia incentivada tem desconto de mais 40%, segundo o veículo de notícias.
Silveira fecha acordo que beneficia empresa dos irmãos batista em bilhões
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), assinou um acordo que beneficia em bilhões de reais a Âmbar Energia, companhia do grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista.
A companhia foi contratada em 2021 para construir quatro usinas termelétricas e gerar energia, num período em que o Brasil estava sob risco de uma possível crise hídrica. Contudo, o serviço nunca foi realizado — o que, teoricamente, deveria gerar a rescisão dos contratos e multas na ordem de R$ 6 bilhões. O acordo foi assinado por Silveira.
Na onda de negociações promovida pelo governo Lula, com apoio do TCU (Tribunal de Contas da União), a Âmbar conseguiu manter os contratos, que gerarão para ela o montante de R$ 9,4 bilhões. Segundo a “Folhapress”, a multa pelo descumprimento será somente de R$ 1,1 bilhão.
A Piauí teve acesso ao despacho de Silveira, datado de 18 de abril deste ano e mantido sob sigilo.