Capacidade de refino

Silveira diz que nova refinaria da Petrobras significa segurança nacional

O ministro Alexandre Silveira comentou ser importante ampliar a capacidade de refino da Petrobras, sendo uma questão de "segurança energética"

Ministro Alexandre Silveira - Lula Marques / Agência Brasil
Ministro Alexandre Silveira - Lula Marques / Agência Brasil

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu que o Brasil precisa de uma nova refinaria de petróleo. Seu argumento é que uma nova refinaria representaria “segurança nacional” na oferta de energia às empresas e pessoas.

Silveira comentava sobre o uso recorde da capacidade instalada das refinarias da Petrobras em 2024. Ele disse ser importante que a capacidade de refino seja ampliada. “Isso é segurança nacional, segurança energética e é obrigação do governo”.

“É, precisa… Tanto que nós ainda importamos gasolina e importamos diesel”, disse o ministro em entrevista à “CNN”, durante participação no Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça, nesta quarta-feira (22). 

A leitura do ministro é que cabe ao seu Ministério liderar a pauta. “O Ministério de Minas e Energia é o responsável pelas políticas públicas que garantam o suprimento adequado de energia elétrica e de combustíveis à indústria e às pessoas”, disse Silveira.

O Brasil é autossuficiente apenas na produção do gás de cozinha, entre os grandes combustíveis, enquanto faz importação de todos os demais segmentos.

O diesel importado representou 18% de todo o mercado brasileiro em novembro de 2024, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo), uma participação um pouco menor que a de 2023 (24%). Na gasolina, os percentuais de participação do combustível importado são menores: atualmente abaixo de 10%.

Silveira: governo planeja vetar ‘jabutis’ do PL das eólicas offshore

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, apontou que existe um consenso dentro do governo para vetar os chamados “jabutis” do PL (Projeto de Lei) do marco regulatório das eólicas offshore (usinas de energia eólica em mar aberto). 

Após ser aprovado pelo Congresso Nacional na reta final do ano passado, o texto aguarda sanção presidencial, porém, durante a tramitação foram incluídos artigos que beneficiam termelétricas a carvão e gás natural, manobra conhecida como “jabutis”.

Um posicionamento a favor de vetar os “jabutis” do PL das eólicas foi apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e o Ministério da Fazenda, segundo apuração da “CNN”. O entendimento foi acompanhado pelo Ministério de Minas e Energia.

“Não dá pra implementar tanta mudança estrutural sem um alicerce no planejamento. […] A energia é insumo fundamental para o crescimento do país e tem que ser observada o seu custo. Conversamos isso com o presidente [Lula], debatemos longamente. Ele tem até esta sexta-feira para tomar sua decisão final, mas a reflexão é unânime”, disse o ministro.

O presidente Lula se reuniu na tarde da última terça-feira (7) com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Silveira (MME), Geraldo Alckmin (MDIC) e Rui Costa (Casa Civil). Também estiveram na reunião a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, e o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, também participaram do encontro.

“Há uma posição pública minha, já conhecida, [sobre os vetos]. Já estive na CME [Comissão de Minas e Energia], na Comissão de Infraestrutura. Novas gerações no sistema [elétrico] requerem planejamento para poder se avançar na implementação de custos. A outra questão é exatamente o custo da energia”, completou Silveira.