Protecionismo em ação

Tarifa de Trump sobre o aço e o alumínio começa nesta quarta; entenda

As novas tarifas devem causar um impacto significativo nas empresas brasileiras dos dois setores

Foto: RS/Fotos Públicas
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A partir desta quarta-feira (12), entram em vigor as novas tarifas de 25% dos EUA sobre todas as importações de aço e alumínio, o que afetará negativamente o Brasil e outros países parceiros.

Apesar dos esforços do governo brasileiro para amenizar a discussão sobre o protecionismo adotado pelos EUA, as novas tarifas devem causar um impacto significativo nas empresas brasileiras dos dois setores. 

Além disso, persiste a incerteza sobre a imposição de novas taxas, já que a administração Trump ameaçou aplicar tarifas retaliatórias, com o etanol sendo especificamente mencionado em um comunicado da Casa Branca.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, confirmou que participou de uma videoconferência com Lutnick na semana passada e afirmou que o Brasil busca um entendimento mutuamente benéfico nas negociações com os EUA. No entanto, até o momento, não houve anúncio de adiamento das medidas.

Brasil é terceiro maior fornecedor de aço aos EUA

Segundo informações do Departamento de Comércio dos EUA, o Brasil ocupa atualmente a posição de terceiro maior fornecedor de aço para os EUA, ficando atrás apenas do Canadá e México.

Esse dado destaca a importância do setor para o comércio bilateral, mas também coloca o Brasil em uma posição vulnerável diante das novas tarifas impostas pela administração Trump.

Embora se espere que a implementação dessas tarifas gere tensões nas relações comerciais entre Washington e Brasília, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) optou por não comentar o assunto imediatamente.

Em nota divulgada por meio de sua assessoria de imprensa, o órgão informou que não fará declarações sobre a questão nesta terça-feira, indicando uma postura cautelosa enquanto analisa as possíveis repercussões das novas medidas.

Essa atitude reflete a necessidade de uma estratégia diplomática, uma vez que o Brasil precisa lidar com os impactos econômicos, sem criar um ambiente de confronto com o governo dos EUA.