Foto: Ricardo Stuckert/ Planalto e Reprodução/ Facebook/ Donald Trump
Foto: Ricardo Stuckert/ Planalto e Reprodução/ Facebook/ Donald Trump

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) classificou como um “avanço concreto” a conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos EUA, Donald Trump, realizada por videoconferência nesta segunda-feira (6).

Segundo o presidente da entidade, Ricardo Alban, o encontro reforça “o respeito mútuo e a relação entre os dois países”.

“Para a indústria, é muito relevante esse avanço das tratativas. Desde o início, defendemos o diálogo, pautado pelo respeito e pela significância desta parceria bicentenária. Vamos acompanhar e contribuir com o que for possível”, afirmou Alban.

Durante a reunião, Lula pediu a Trump a revogação da tarifa adicional sobre produtos brasileiros. Segundo a CNI, caso o pedido seja aceito, a medida pode liberar cerca de US$ 7,8 bilhões em exportações do Brasil para os EUA.

“O que está em jogo não é um ganho extra para o Brasil, mas a recuperação de espaço comercial. A possibilidade de integrar o anexo Potential Tariff Adjustments for Aligned Partners significa devolver previsibilidade e competitividade às nossas exportações, corrigindo distorções que afetam diretamente a indústria e o emprego no país”, completou Alban.

O anexo citado, apresentado pela Ordem Executiva dos EUA nº 14.346, em 5 de setembro, prevê possíveis isenções tarifárias para 1.908 produtos, condicionadas a compromissos em comércio e segurança.

De acordo com análise da CNI, o documento cobre 18,4% das exportações brasileiras aos EUA em 2024. O percentual se somaria aos 26,2% já livres de tarifas adicionais.

Entre os itens que podem ser beneficiados estão café, cacau, frutas e produtos metálicos.