A taxa de desemprego no Brasil subiu para 8,6% no trimestre móvel encerrado em fevereiro, segundo dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgados nesta sexta-feira (31) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em relação ao trimestre anterior, entre setembro e novembro, o período trouxe aumento de 0,5 ponto percentual (8,1%) na taxa de desocupação.
A população desocupada subiu 5,5% no período, para 9,2 milhões de pessoas. São 483 mil pessoas a mais entre o contingente de desocupados, comparado ao trimestre anterior. Em relação a 2022, o recuo é de 23,2%, ou 2,8 milhões de trabalhadores.
O IBGE também divulgou que a população ocupada, que passou para 98,1 milhões de pessoas, recuo de 1,6% ante o trimestre anterior. Cerca de 1,6 milhões de pessoas deixaram o grupo. Na comparação anual, houve um crescimento de 3%.
No trimestre encerrado em fevereiro, a força de trabalho brasileira — pessoas ocupadas e desocupadas — chegou a 107,3 milhões de pessoas, uma redução de 1% frente ao trimestre anterior. Por sua vez, a população fora da força teve crescimento de 2,3% e chegou a 66,8 milhões.
“Esse aumento da desocupação ocorreu após seis trimestres de quedas significativas seguidas, que foram muito influenciadas pela recuperação do trabalho no pós-pandemia. Voltar a ter crescimento da desocupação nesse período pode sinalizar o retorno à sazonalidade característica do mercado de trabalho”, afirmou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.
Segundo o Instituto, o empregado sem carteira assinada no setor público (-14,6%), o sem carteira assinada no setor privado (-2,6%) e o trabalhador por conta própria com CNPJ (-4,8%) sofreram as maiores baixas.
A população desalentada permaneceu em 4 milhões de pessoas, queda de 16% (menos 754 mil pessoas) na comparação anual. O percentual de desalentados na força de trabalho ficou em 3,6%.
Além da taxa de desemprego, o IBGE informou que o rendimento médio real ficou em R$ 2.853 no trimestre encerrado em fevereiro, tendo estabilidade frente ao trimestre encerrado em novembro.