Pacote fiscal

Taxas de juros futuros recuam no longo prazo

Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 14,78%, ante os 14,799% do ajuste anterior

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Meta fiscal / Foto: Freepik

As taxas dos DIs recuaram para contratos de longo prazo nesta terça-feira (17), à medida que o mercado digere as notícias de que as medidas fiscais do governo serão votadas no Congresso nesta semana. Por outro lado, as taxas de curto prazo apresentaram alta, em ajustes relacionados à projeção de uma política monetária mais contracionista pelo BC (Banco Central).

No final da tarde desta terça-feira (17), a taxa DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2026 estava em 15,1%, ante 14,998% no ajuste anterior. Já a taxa dos contratos para janeiro de 2027 estava em 15,42%, contra o ajuste anterior de 15,402%.

Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 14,78%, ante os 14,799% do ajuste anterior, enquanto o contrato para janeiro de 2033 apresentava taxa de 14,54%, contra 14,553% no ajuste anterior.

O foco dos investidores nesta sessão foi, mais uma vez, as tratativas do governo para que seu pacote de contenção de gastos seja aprovado no Congresso até o fim de 2024. Isso significa que é necessário votá-lo inteiramente até sexta-feira (20), antes de os parlamentares deixarem Brasília para o recesso, como mostrou o InfoMoney.

Tesouro Direto tem aumento de taxas e chega quase a IPCA + 7%

Tesouro Direto renovou a taxa máxima do IPCA+ 2029 de IPCA + 6,81% para IPCA + 6,94%. Agora, o título chega quase ao famoso IPCA + 7%. O Tesouro Prefixado 2027 também teve um aumento, para um retorno anual de 13,32%, a maior taxa do ano. Enquanto isso, o Prefixado 2031 subiu para 13,09%.

Outros títulos, como Educa+, Renda+ e IPCA+, estão com taxas entre 6,61% e 6,94%. Os patamares atuais do Tesouro Direto, que vêm crescendo nas últimas semanas, são uma boa oportunidade para investidores de renda fixa.

Vale a pena investir nesses títulos do Tesouro Direto?

“Esse movimento de títulos atrelados ao IPCA oferecendo remunerações de IPCA + 7% reflete o prêmio de risco elevado, que surge do cenário macroeconômico com incertezas sobre a inflação e possíveis ajustes na política monetária”, explica a sócia-fundadora da AVG Capital, Andressa Bergamo.

“A precificação dos títulos atrelados ao IPCA nesse patamar alto demonstra que os investidores exigem uma proteção significativa frente a um cenário inflacionário que pode ser persistente“, afirma a especialista. Segundo ela, o IPCA + 7% é interessante para os investidores que procuram proteção contra a inflação.

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