Simone Tebet (MDB), ministra do Planejamento e Orçamento, afirmou que a reprovação de 90% do mercado financeiro sobre a gestão Lula 3 apurada em pesquisa Genial/Quaest “não é imparcialidade, mas jogar contra o Brasil”.
Na avaliação de Tebet, não é possível ter essa leitura enquanto, em um ano em que 8,7 milhões de pessoas saíram da pobreza, conforme dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A ministra fez as declarações na cerimônia de inauguração do Projeto Cerrado, nova fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo (MS), nesta quinta-feira (5), segundo o “Valor”.
Além de Tebet, também estiveram no evento: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, o governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), Beto Abreu, presidente da Suzano (SUZB4), Davi Feffer, presidente do conselho entre outras autoridades.
A pesquisa da Quaest expôs que houve um aumento de 26 pontos na reprovação do governo Lula pelo mercado financeiro, chegando a 90%. Em março, essa avaliação era de 64% dos entrevistados.
A situação atual reflete a reação ao pacote fiscal que a equipe econômica do governo anunciou em novembro e foi considerado insuficiente. Para 100% dos entrevistados, o arcabouço fiscal tem pouca ou nenhuma credibilidade – 42% responderam pouca e 58%, nenhuma.
Tebet admite falha na comunicação do pacote fiscal e promete mais
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), afirmou nesta sexta-feira (29) que a comunicação do governo federal sobre o pacote fiscal teve falhas. As medidas estão sendo divulgadas agora, segundo ela, então o câmbio e juros devem se acalmar.
“O ajuste vai ser mais do que os R$ 70 bilhões em dois anos. Só no ano que vem teremos R$ 30 bilhões de ajuste e mais R$ 20 bilhões, R$ 25 bilhões de pente fino em programas como o BPC/Loas”, comentou Tebet durante entrevista coletiva após o almoço da Febraban.
A ministra admitiu ter se firmado contra o anúncio do ajuste junto com a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
“Foi uma decisão política, eu fui vencida. Mas é normal. O ajuste vai mais do que absorver o impacto da isenção, que só vem em 2026”, disse Tebet, segundo o “Valor”.
Além disso, ela reiterou que o presidente Lula está comprometido com o ajuste fiscal e que sua presença no ministério, sendo ela uma liberal em um governo do PT, é prova disso. “Para os juros caírem, precisamos de um fiscal organizado e Lula sabe disso”, afirmou.