Contenção de gastos

Tebet: é preciso 'ter coragem de cortar o que é ineficiente'

“Os números mostram que o que precisava dar certo, deu. Agora precisamos ter coragem de cortar o que é ineficiente”, disse Tebet.

Simone Tebet, ministra do Planejamento
Simone Tebet, ministra do Planejamento / Foto: reprodução/Agência Brasil

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), declarou nesta segunda-feira (28) que é hora de “ter coragem para cortar gastos ineficazes” e liberar espaço para novas prioridades, como investimentos essenciais.

A declaração de Tebet foi realizada durante a cerimônia de anúncio de investimentos apoiados pela ApexBrasil.

Na ocasião, a ministra reforçou seu lema de que “não existe social sem fiscal” e afirmou que apenas o investimento público não pode cobrir todas as necessidades do país.

“Os números mostram que o que precisava dar certo, deu. Agora precisamos ter coragem de cortar o que é ineficiente”, destacou Tebet, de acordo com o “Valor”.

Ela também enfatizou a necessidade de revisar políticas públicas. “Erros e fraudes já foram cortados; agora precisamos ter coragem para cortar políticas insuficientes e ineficazes, a fim de investir em áreas como infraestrutura. Como lembrou um importante veículo de comunicação, é necessário dobrar o investimento no país, e para isso, precisamos de parcerias”, completou Tebet.

Brasil pode crescer até 3% em 2024 sem pressionar inflação, diz Tebet

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), declarou que o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil pode avançar até 3% sem pressionar a inflação. Segundo ela, o movimento seria condicionado ao crescimento impulsionado por diferentes setores da economia.

Tebet acrescentou que havia projeções de que o PIB potencial (quanto um país pode crescer sem afetar a inflação) do Brasil ficaria em torno de 1% a 1,5%. Atualmente, segundo a ministra, o FMI (Fundo Monetário Internacional) prevê que o País pode avançar 2,5% sem inflação. Contudo, o governo busca um número maior.

“Podemos crescer 2,8%, até 3%, sem bater na inflação, desde que o crescimento seja pela diversidade. Não é só o agronegócio; a indústria tem que comparecer para que a procura não seja maior que a oferta”, afirmou Tebet, de acordo com a “Exame”.

Na terça-feira (3), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que o PIB cresceu 1,4% no segundo trimestre de 2024. O avanço foi muito maior que o esperado pelo mercado.