Revisão de gastos

Tebet: "Lula está 'mal impressionado' com aumento de subsídios"

Lula ofereceu tempo aos ministros do segmento econômico, para se “debruçarem” sobre os números e apresentarem soluções

Simone Tebet em entrevista coletiva
Foto: José Cruz / Agência Brasil

Simone Tebet (MDB), mandatária do Ministério de Planejamento e Orçamento, afirmou, após reunião no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira (17), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está “mal impressionado” com o aumento dos subsídios nos gastos públicos. 

Segundo a ministra, Lula ofereceu tempo aos ministros do segmento econômico, para se “debruçarem” sobre os números e apresentarem soluções. 

Tebet também comentou à imprensa, junto ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que o aumento do gasto da previdência está ligado ao avanço da renúncia tributária.

Tebet apresentará “cardápio” de alternativas para corte de gastos

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), disse ao jornal O Globo que vai aprentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) um “cardápio de possibilidades” para que o governo comece a cortar gastos.

Tebet destacou ainda que é possível reduzir as despesas do governo sem comprometer os investimentos sociais.

Segundo a ministra, as pastas do Planejamento e da Fazenda já vinham trabalhando em torno dessas medidas e, a partir de agora, isso será intensificado.

Quanto aos gastos específicos que devem ser revistos pelo governo, Simone Tebet afimrou que “tudo, a princípio, está na mesa”.

“Vamos limpar, sob a ótica do que é viável politicamente, o que atenderia a vontade não só do presidente Lula, mas também do Congresso Nacional. Esse filtro a gente ainda não fez. Se eu ficar muito focada na desvinculação, dá a entender que é a primeira medida, e não é”, afirmou a ministra do desenvolvimento.

Lula critica celebração de altos juros em evento do Banco Central

presidente da República Lula voltou a expressar sua discordância em relação à taxa básica de juros, a Selic, em seus comentários sobre o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. 

O chefe do Estado sugeriu que aqueles que celebraram o presidente da instituição recentemente em São Paulo estão se beneficiando dos altos juros.

As críticas surgiram em meio às suas preocupações de que o debate na mídia nacional esteja focado principalmente nos cortes de gastos do governo e nos planos fiscais delineados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Lula mencionou que o sistema financeiro tem uma influência significativa na mídia brasileira.

Lula destacou a discrepância de se comemorar a taxa de juros em um país com inflação de 4%. O evento em homenagem a Campos Neto foi organizado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e contou com a presença de banqueiros, empresários e políticos próximos.