Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento do governo Lula, afirmou que “sem dúvida alguma” se preocupa que as “pautas-bombas” minem os esforços da equipe na tentativa de chegar equilibrar o resultado primário.
“Não temos gordura, margem de gordura, não temos espaço fiscal”, declarou Tebet, nesta terça-feira (23), durante chegada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), na parte da manhã.
“A gente tem que agora todo mundo sentar na mesa, dialogar e ver que uma medida, qualquer medida, qualquer projeto de impacto econômico, orçamentário que é aprovado no Congresso Nacional impacta todo o Brasil”, completou ela.
Segundo ela, o momento é de “responsabilidade” e está otimista com o Congresso Nacional, de acordo com o “Valor Investe”.
“Eu confio muito no Congresso Nacional, afinal, passei 8 anos lá e sei que tem muita gente com racionalidade, que tem condições, depois do diálogo, entender que o caminho certo é o caminho da responsabilidade fiscal”, finalizou Tebet.
Tebet reitera que governo perseguirá meta zero
Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento, declarou, na terça-feira (16), que o governo Lula vai perseguir a meta de déficit zero, mesmo após as mudanças nas previsões de resultado das contas públicas.
Em entrevista à GloboNews, Tebet afirmou que não haverá mudanças quanto ao compromisso do governo com a responsabilidade fiscal.
“Mais do que meta, e a meta é importante, como um norte, e nós vamos perseguir a meta zero, apesar de termos a banda de menos 25, não só esse ano, mas como ano que vem, garantindo a partir daí que o Brasil nunca mais entre em déficit, nunca mais gaste além do que arrecada”, disse.
“O principal é partir da premissa, que não aconteceu agora, nem no governo passado, embora o governo passado tenha corroborado com isso, de que o Brasil gasta muito e gasta mal”, acrescentou Tebet.
As alterações, apresentadas oficialmente na segunda-feira (15), na apresentação do PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias) para 2025, a equipe do poder executivo federal reduziu a meta de resultado primário para 0,0% do PIB, no ano que vem.