Tensão na Ucrânia cresce com explosões neste domingo

Em meio de ameaças e confrontos nações se posicionam frente à relatos de bombardeios; veja

Moradores de Donetsk, cidade Donetsk na Ucrânia, afirmaram ter ouvido uma sequência de explosões na noite deste sábado (19) (horário nacional) e início de domingo (20), no leste do país ucraniano.

A tensão que envolve a iminente invasão russa contra o território ucraniano culminou, neste sábado, com a morte de dois soldados ucranianos que atuavam na linha de frente contra os conflitos deflagrados por grupos separatistas pró-Rússia. Os conterrâneos da cidade relataram que a explosão não foi necessária. Tanto as autoridades separatistas locais, quanto o governo ucraniano ainda não se manifestaram sobre as supostas ocorrências de disparos. 

Nesta sexta-feira (18) rebeldes separatistas, de Donetsk, acusaram as tropas ucranianas de bombardearem a vila no leste do país durante a noite. O grupo também acusou que houve uma violação de 29 vezes em de 24 horas o frágil cessar fogo que vigora na região. No entanto, o presidente da Ucrânia afirma que esses relatos de que a Ucrânia está bombardeando regiões controladas por separatistas apoiados por Moscou e dentro da fronteira russa são “puras mentiras” e acrescentou que seu país não responderá a provocações.

“O que foi mostrado nos territórios temporariamente ocupados, algumas bombas supostamente voando do nosso lado, algumas voando até Rostov, são puras mentiras”, disse.Eles estão explodindo algo no lado deles.” Zelenskiy pediu que os países ocidentais não esperem uma possível invasão russa para impor sanções à Rússia.

Enquanto isso, líderes ocidentais reuniram-se em Munique, em meio a relatos de explosões dentro do território russo ao leste da Ucrânia e em partes do leste da Ucrânia, controlado por rebeldes apoiados por Moscou. A maioria dos líderes, no entanto, também acrescentou que as vias diplomáticas ainda não foram esgotadas.

Os representantes do grupo que reúne Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido alertaram neste sábado (19) que a Rússia não deve tentar mover a fronteira da Ucrânia à força, afirmando que eles estariam prontos para responder, mesmo se a Rússia criar um pretexto para uma invasão acusando a Ucrânia de agressão.

A vice-presidente norte-americana, Kamala Harris, disse que os Estados Unidos reforçariam o flanco leste da Otan, como um impedimento a mais para qualquer ação militar da Rússia, além da ameaça de sanções. “As fronteiras nacionais não devem ser modificadas à força”, disse Harris na Conferência de Segurança de Munique.

Além disso, os ministros das Relações Exteriores do G7 expressaram “grave preocupação” com o aumento da presença de militares russos na fronteira com a Ucrânia, Belarus e Crimeia e pediram para a Rússia escolher o caminho da diplomacia para resolver a crise.