Economia

Tesouro Direto lança financiamento coletivo para Educa+

Parentes e amigos poderão investir em nome de crianças e adolescentes

A partir desta quinta-feira (19), parentes e amigos poderão investir em nome de crianças e adolescentes no Tesouro Educa+. O Tesouro Nacional e a B3, a bolsa de valores brasileira, lançaram uma modalidade de financiamento coletivo para comprar os títulos, que formam uma poupança para custear estudos.

A funcionalidade está disponível na página do Tesouro Direto para os cadastrados no programa. Primeiramente, os pais e responsáveis deverão cadastrar uma conta em nome do menor de idade. O procedimento está detalhado no blog do Tesouro Direto. As informações são da Agência Brasil.

Ao clicar no botão Tesouro Direto Coletivo, os pais e responsáveis do menor de idade podem criar, na plataforma, uma campanha colaborativa, com objetivo definido. A campanha deve ter um nome e uma descrição, que ficarão visíveis para os apoiadores.

Após essa etapa, será gerado um link a ser divulgado a amigos e familiares, que poderão escolher um valor de contribuição. O dinheiro será transferido, via Pix, e financiará coletivamente o futuro educacional da criança cadastrada. A própria página permitirá acompanhar a campanha e conferir os apoios já recebidos e quanto falta para alcançar o objetivo estabelecido.

Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, a nova ferramenta permite o financiamento coletivo para a educação de crianças e adolescentes com segurança, rapidez e facilidade. “Pela primeira vez na história do programa os investidores poderão criar campanhas colaborativas que utilizarão o Tesouro Educa+ para viabilizar a concretização do sonho do curso superior ou especializações que ampliam as oportunidades no futuro de cada criança”, disse o secretário.

Especialistas avaliam nova modalidade de investimento

No início de agosto, o Tesouro Direto lançou mais uma modalidade de investimento. O Tesouro Educa+ foi criado para auxiliar pais e mães na educação dos filhos no futuro.

A proposta é de possibilitar uma renda mensal durante o período da faculdade, curso técnico, ou qualquer outro objetivo na área educacional garantindo ganhos acima da inflação para os recursos poupados.

Conforme explica o Tesouro, nesta modalidade, a partir de R$ 30 os pais já podem investir na acumulação de títulos durante um período e quando o filho alcançar a idade para iniciar a universidade, passa a receber os frutos desse investimento, mensalmente, por cinco anos, que é o prazo médio dos cursos de graduação.

Especialistas ouvidos pelo BP Money, avaliam que esta é uma boa alternativa para garantir uma renda ou até mesmo pagar os estudos no futuro.

“O aluno que for fazer um curso de medicina numa universidade pública, por exemplo, que não tem custo, mas é um curso de dedicação integral, pode usar esse valor para financiar suas despesas de moradia, de alimentação, de materiais e complementares por este período de cinco anos, que é o período do título”, disse o economista e professor da Faculdade do Comércio de São Paulo (FAC-SP), Denis Medina.

Outro ponto destacado por Medina, é a segurança que um título do Tesouro traz para os investidores. “Você tem a garantia de estar investindo num título que é do Tesouro que é o um dos títulos mais seguros para os brasileiros”.

Já o especialista em investimentos e finanças pessoais, Renan Diego, destaca que este é um tipo de investimento que tem a premissa de ser simples e destinado a todas as classes sociais.

“Uma reportagem do Secretário do Tesouro Nacional Rogério Ceron, fala exatamente que eles estão apostando muito nesse papel como mecanismo de popularização do Tesouro Direto para classes mais baixas. A pessoa estará investindo somente R$ 30 e consegue ter uma renda, mas com essa quantia de aporte não vai conseguir pagar uma faculdade de Engenharia, Direito, Medicina, para esse tipo de curso é necessário fazer aportes de valores maiores, porém, é uma grande vantagem para a pessoa quer fazer uma faculdade de Administração por exemplo, que é mais acessível”, avalia.