Persistência

Tesouro Direto mantém ritmo com 56% das aplicações de até R$ 1 mil

O programa de títulos públicos movimentou R$ 7,09 bilhões em maio com captação líquida de R$ 4,23 bilhões

Tesouro Selic ou Tesouro IPCA+
Tesouro Selic ou Tesouro IPCA+ (Foto: Pixabay)

Os pequenos investidores seguem ganhando protagonismo no Tesouro direto, mesmo em um cenário de juros elevados. Segundo dados de mercado publicados pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira (28), revelou que em abril, 56% das aplicações em renda fixa foram de valores de até mil reais.

O programa de títulos públicos movimentou R$ 7,09 bilhões em maio com captação líquida de R$ 4,23 bilhões, impulsionando principalmente pelas vendas de papéis atrelados à taxa Selic e a inflação. O título mais procurado pelos investidores foi o Tesouro Selic, indexado a taxa de juros.

O montante foi de R$ 3,7 bilhões em vendas, o equivalente a 51,5% do total. As ações atreladas à inflação (Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais, Tesouro RendA+ e Tesouro Educa+) movimentaram R$ 2,5 bilhões (35,3%), enquanto os prefixados totalizaram R$ 932 milhões (13,1%).]

A maior parte das aplicações se concentrou em títulos com vencimento entre 1 e 5 anos (42,2%). Títulos com vencimento entre 5 e 10 anos representaram 35,4% das vendas, enquanto os de prazo superior a 10 anos corresponderam por 22,3%.

Entre os novos produtos, os destaques ficaram com o Tesouro RendA+, voltado à complementação da aposentadoria, que movimentou R$ 481,6 milhões (6,8% do total). Já o Tesouro Educa+, voltado ao financiamento da educação, atingiu R$ 130,9 milhões em vendas (1,8%).

Taxar dividendos pode estimular reinvestimento no país, diz secretário da Receita

O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, declarou nesta terça-feira (27) que a eventual redução na distribuição de dividendos, em decorrência da reforma do IR (Imposto de Renda), pode ter efeito positivo ao estimular reinvestimentos no país.

A declaração foi feita durante audiência pública na comissão especial da Câmara dos Deputados que analisou o projeto de lei que propõe, entre outros pontos, a isenção de IR para pessoas físicas com renda mensal de até R$ 5 mil.

“A não distribuição de dividendos não é necessariamente ruim, está fomentando o reinvestimento naquele setor”, disse Barreirinhas aos parlamentares, de acordo com o InfoMoney. “[O projeto] passa a ser prejudicial quando ele muda comportamentos que poderiam ser benéficos para a economia brasileira. Não nos parece que seja esse o caso”, acrescentou.