A greve que motivou a suspensão da venda de títulos pelo Tesouro Direto nesta terça-feira (15) deverá se prolongar, com potencial de afetar a plataforma em dois dias da semana.
Em comunicado, a Unacon Sindical informou que a mobilização dos servidores passará a ocorrer às terças e quintas-feiras, iniciando já nesta semana, enquanto não houver a retomada das negociações com o governo.
O Tesouro Nacional ainda não comunicou se haverá interrupção na negociação de títulos na quinta-feira (17). Segundo a Unacon, as áreas afetadas serão definidas diariamente, “então não é possível afirmar com certeza se haverá novas paralisações no Tesouro Direto”. As informações são do “InfoMoney”.
Os servidores estão mobilizados desde janeiro, mas as ações foram intensificadas a partir de agosto, após o governo encerrar as negociações unilateralmente, apontou a entidade.O segmento de Finanças e Controle reivindica tratamento isonômico em relação às carreiras da AGU, Receita Federal e Polícia Federal, com as quais trabalha diretamente.
Além disso, a categoria pleiteia a exigência de nível superior para ingresso no cargo Técnico Federal de Finanças e Controle, que já teria sido acordado desde o ano de 2015.
Tesouro projeta estabilização da dívida em até 82% do PIB em 2028
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, declarou que o órgão projeta, em seu novo cenário, a estabilização da DBGG (dívida bruta do governo geral) entre 81% e 82% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2028.
“[Mas] quanto mais inferior a 80% do PIB [a estabilização da dívida], melhor”, disse o secretário, de acordo com o “Valor”. A afirmativa do secretário do Tesouro foi feita em coletiva no Ministério da Fazenda para comentar o RTN (Resultado do Tesouro Nacional) em relação ao mês de agosto.
Ele afirmou que o Governo Federal está preparado para “reagir à necessidade do cumprimento dos objetivos fiscais”. O secretário disse, por exemplo, que, caso haja necessidade, “pequenos passos coordenados por meio de despesa ou receita são importantes”.
Na entrevista, Ceron declarou que, após um crescimento acelerado no primeiro semestre, a “despesa previdenciária está retornando a um patamar mais equilibrado”.