No site do Tesouro Direto, a negociação de títulos prefixados e IPCA+ ficou suspensa até às 10h26 (de Brasília) desta segunda-feira (11). Após a interrupção, o Tesouro Prefixado 2025 ultrapassou a barreira dos 12%, oferecendo rentabilidade anual de 12,05% às 15h21, com cada cota mínima sendo negociada a R$ 36,69. Na sessão anterior, a taxa fechou em 11,87%.
Já os títulos do Tesouro Prefixado 2029 e 2033 entregam rentabilidade de 11,80% e 11,87%, respectivamente. Entre os papéis atrelados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2035 e o 2045 oferecem taxas de 5,54%, enquanto o 2026, de 5,30%. Os títulos IPCA+ 2032, 2040 e 2055 com juros semestrais oferecem rentabilidade de 5,52%, 5,56% e 5,67%, respectivamente.
As suspensões do Tesouro ocorreram pela forte volatilidade de preços de taxas na tentativa de evitar que o investidor feche temporariamente as transações a um preço que pode mudar rapidamente. As altas das taxas de juros são puxadas pelas expectativas para a inflação no Brasil e no mundo.
Em território nacional, a divulgação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) na sexta-feira (8) surpreendeu os mercados com o aumento da inflação em março, colocando em dúvidas o fim do ciclo da alta da Selic. Desde março, o Banco Central (BC) tem sinalizado que o fim do aperto monetário seria realizado em maio. Nesta segunda, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que a alta de 1,62% na inflação foi surpreendente e que o Banco Central está disposto a rever seus posicionamentos.
Na cena externa, o mercado reflete a alta da inflação na China. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor), divulgado nesta segunda, também foi maior do que o esperado. O índice apresentou alta de 1,5% em março, puxado pelo aumento dos preços dos bens de consumo.
Amanhã (12) e terça-feira (13) o Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano), deve divulgar os dados de inflação dos EUA, que também devem afetar as taxas de juros, e que pode afetar os rendimentos do Tesouro Direto.