Tesouro Direto: vendas superam resgates em R$ 1,7 bi em abril

Vendas de títulos atingiram R$ 3,798 bilhões, e os resgates totalizaram R$ 2,006 bilhões, todos relativos a recompras de títulos públicos

As vendas de títulos do Tesouro Direto superaram os resgates em R$ 1,792 bilhão em abril deste ano. Segundo dados divulgados nesta terça-feira (23) pelo Tesouro Nacional, as vendas de títulos atingiram R$ 3,798 bilhões, e os resgates totalizaram R$ 2,006 bilhões, todos relativos a recompras de títulos públicos. Não houve resgates por vencimentos, quando o prazo do título acaba e o governo precisa reembolsar o investidor com juros. As informações são da Agência Brasil.

Os títulos mais procurados pelos investidores foram os corrigidos pela Selic, taxa básica de juros, que corresponderam a 61% do total. Papéis vinculados à inflação tiveram participação de 25,8% nas vendas, enquanto os prefixados, com juros definidos no momento da emissão, representaram 13,3%.

O estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 113,3 bilhões no fim de abril, com aumento de 2,6% na comparação com o mês anterior (R$ 110,5 bilhões) e de 27,3% em relação a abril do ano passado (R$ 89 bilhões).

Prefixados caem nesta terça-feira

Os títulos prefixados negociados no Tesouro Direto recuam nesta terça-feira (23). Na última segunda-feira (22), por outro lado, os títulos oscilaram.

Às 15h30 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2026 oferecia rentabilidade anual de 11,22%, com investimento mínimo de R$ 30,28. O Tesouro Prefixado 2029, por sua vez, entregava retorno de 11,64%, ante 11,82% apresentado anteriormente. Já o Tesouro Prefixado 2033, com juros semestrais, reportava uma rentabilidade anual de 11,69%, ante 11,86% registrado anteriormente.

O Tesouro IPCA+ 2035 apresentou um desempenho negativo nesta terça-feira. O título registra retorno de 5,63%, ante 5,64% reportado anteriormente. O título IPCA+ 2045, por sua vez, reportou um resultado positivo, gerando rentabilidade de 5,87%, ante 5,86% apresentado anteriormente.

Os títulos do Tesouro Direto são influenciados pelo cenário macroeconômico no Brasil e no exterior. No cenário doméstico, investidores continuam acompanhando a tramitação do texto do novo arcabouço fiscal, previsto para ser votado na Câmara dos Deputados na próxima quarta-feira (24).

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