O Tesouro Nacional deseja um retorno gradual em seu procedimento estratégico de financiamento da dívida pública. Em meio à piora nas condições de mercado, no mês de agosto as emissões de títulos foram as menores desde abril de 2020, refletindo um cenário de risco e de maior volatilidade.
A dívida pública é emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal. Em outras palavras, são empréstimos feitos para pagar despesas públicas que ficam acima da arrecadação com impostos e tributos.
O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Luis Felipe Vital afirma: “A estratégia de financiamento continua a mesma. Assim que as condições de mercado permitirem, o Tesouro vai voltando gradualmente à sua estratégia de financiamento.”
Em agosto, as emissões de títulos públicos chegaram a R$ 72,03 bilhões. Por outro lado, os resgates somaram R$ 26,5 bilhões. Vital explica que o Tesouro adequou suas emissões às condições observadas no mercado.
O coordenador salienta que um dos fatores que impulsionaram o aumento da emissão de Letras Financeiras do Tesouro (LFT) em agosto, foi o cenário negativo para a emissão de títulos prefixados e ligados a índices de preços.
Luis Felipe Vital ainda observa que o outro fator protagonista foi o “vencimento expressivo de LFTs em setembro, o que exige maior emissão” no mês anterior”.