O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, declarou nesta quinta-feira (3) que o órgão projeta, em seu novo cenário, a estabilização da DBGG (dívida bruta do governo geral) entre 81% e 82% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2028.
“[Mas] quanto mais inferior a 80% do PIB [a estabilização da dívida], melhor”, disse o secretário, de acordo com o “Valor”. A afirmativa do secretário do Tesouro foi feita em coletiva no Ministério da Fazenda para comentar o RTN (Resultado do Tesouro Nacional) em relação ao mês de agosto.
Ele afirmou que o Governo Federal está preparado para “reagir à necessidade do cumprimento dos objetivos fiscais”. O secretário disse, por exemplo, que, caso haja necessidade, “pequenos passos coordenados por meio de despesa ou receita são importantes”.
Na entrevista, Ceron declarou que, após um crescimento acelerado no primeiro semestre, a “despesa previdenciária está retornando a um patamar mais equilibrado”.
Tesouro: Governo tem déficit primário de R$ 22 bi em agosto
O Governo central apresentou um déficit primário de R$ 22,404 bilhões em agosto, informou o Tesouro Nacional nesta quinta-feira (3). O resultado compreende as contas de Tesouro, Banco Central e Previdência Social.
Com isso, no acumulado de 12 meses até o mês passado, o governo central teve déficit de R$ 227,5 bilhões, o equivalente a 1,98% do PIB (Produto Interno Bruto).
No mês anterior, o saldo negativo foi de R$ 22,4 bilhões, enquanto, em agosto de 2023, o déficit primário foi de R$ 26,730 bilhões.
Os dados do Tesouro mostram que houve alta de 6,2% acima da inflação na receita líquida, que exclui transferências para governos regionais, na comparação com o mesmo mês de 2023, atingindo R$ 148,934 bilhões.
Foram destaques o crescimento de 12,6% acima da inflação no recolhimento de tributos administrados pela Receita Federal, com impulso principalmente da arrecadação de Imposto de Renda, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Cofins.