O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou nesta segunda-feira (15) que espera encaminhar para o Congresso Nacional os projetos de lei complementares que devem regulamentar a reforma tributária, aprovada no final de 2023. O texto deve ser enviado nas próximas horas ou ainda nesta semana.
Até o momento, Haddad vinha prometendo enviar os projetos para o Legislativo até esta segunda-feira (15). Contudo, dois compromissos internacionais devem afetar o cronograma inicial: a viagem de Haddad aos EUA e a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Colômbia na terça-feira (16).
Nesta segunda-feira (15), o ministro vai embarcar para Washington (EUA), para participar do encontro da Primavera dos Ministros das Finanças e Presidentes de Bancos Centrais e da segunda reunião da Trilha Financeira do G20. Ele só retornará ao Brasil na sexta-feira (19).
“Eu acredito que nesta semana vai. Queríamos que fosse hoje”, disse Haddad em entrevista ao “Estúdio i”, da “GloboNews”, quando foi questionado sobre o envio dos projetos de lei ao Congresso.
“A Casa Civil está com esse texto na mão nas próximas horas, e aí o presidente decide como fazer a cerimônia de entrega. O texto está pronto. O trabalho agora é braçal”, explicou ele, de acordo com o “InfoMoney”.
“Eu quero que esteja no Congresso o quanto antes. Isso vai ser um momento histórico da vida nacional. Não é pouca coisa que vai acontecer com o Brasil a partir da reforma tributária”, concluiu.
Haddad espera que país mantenha “boa vibe” apesar das eleições
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, espera que o Brasil mantenha “boa vibe” em relação ao ritmo de ajustes econômicos apesar do ano eleitoral.
O líder da Fazenda disse ainda que não há possibilidade de entregar um bom trabalho se não houver compreensão do risco que o Brasil vive no momento. “Estamos em um paradoxo. Estamos vendo oportunidade e mostrando que para aproveitar é preciso tomar determinadas medidas”, pontua.
Haddad elogiou o papel do STF (Supremo Tribunal Federal) em análises de propostas econômicas. “STF tem tomado decisões para não desarrumar a casa ainda mais que está”, afirmou, em entrevista transmitida no sábado (6) pelo canal do senador Jorge Kajuru (PSD-GO).