Economia

The Economist diz que, após quatro anos, Brasil voltou à normalidade

A análise afirma que o "país viveu quatro anos de populismo enganoso sob Jair Bolsonaro"

A revista britânica The Economist revelou sua distinção anual de “País do Ano” para 2023. Segundo a publicação, três nações se destacaram por retornarem à estabilidade após um período de “turbulência”: Grécia, Polônia e Brasil.

A análise sobre o Brasil na Economist enfoca a ascensão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caracterizando sua posse como um contraponto aos “quatro anos de populismo enganoso sob Jair Bolsonaro”. Essa fase anterior foi associada a disseminação de teorias conspiratórias, apoio a setores polêmicos, incêndios florestais e a recusa em aceitar uma derrota eleitoral, além dos eventos golpistas de 8 de janeiro.

A revista elogia as ações rápidas do governo Lula em trazer estabilidade e reduzir significativamente o desmatamento na Amazônia. No entanto, ressalta a aproximação do Brasil com líderes controversos como Putin e Maduro, apontando isso como um aspecto que prejudicou sua ascensão ao prêmio de “País do Ano”, título que foi concedido à Grécia.

No contexto europeu, a revista destaca o progresso da Grécia, uma década depois de uma crise financeira. Embora ainda distante da perfeição, o país mostrou capacidade de implementar reformas econômicas, manter políticas externas alinhadas com os EUA e a União Europeia e, mesmo enfrentando desafios, foi reeleito com um governo de centro-direita em junho.

Brasil ultrapassa Canadá e volta a ser a 9ª maior economia do mundo

O nono lugar no ranking econômico global é ocupado pelo Brasil, com uma projeção de Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 2,13 trilhões para 2023, ultrapassando o Canadá, que prevê um PIB de US$ 2,12 trilhões, conforme apontam as recentes projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) no World Economic Outlook (Perspectiva Econômica Mundial).

Os Estados Unidos, China e Alemanha mantêm-se como as maiores economias do mundo em 2023.

No contexto de uma recuperação econômica global lenta após a crise gerada pela pandemia e a guerra na Ucrânia, o FMI prevê uma queda gradual da inflação global, de 8,7% em 2022 para 6,9% em 2023 e 5,8% em 2024. Esse declínio é atribuído a uma “política monetária mais restritiva, aliada aos preços internacionais mais baixos das matérias-primas”, segundo a análise do FMI.

PIB brasileiro sobe 0,1% no 3T23, mais que o esperado

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou um aumento de 0,1% no terceiro trimestre de 2023 em comparação com o trimestre anterior, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (5). Na comparação com o mesmo período de 2022, houve um crescimento de 2,0%.

Os dados superaram as expectativas do consenso de analistas da Refinitiv, que previam uma queda de 0,2% na comparação trimestral e um aumento de 1,9% na comparação anual.

A soma de todos os bens e serviços finais produzidos no Brasil totalizou R$ 2,741 trilhões  em valores correntes no trimestre encerrado em setembro.

O resultado do terceiro trimestre (3T23) marcou a terceira taxa positiva consecutiva, seguindo a variação de -0,1% nos últimos três meses do ano anterior. Com esse desempenho, o PIB atinge novamente o nível mais elevado da série histórica, operando 7,2% acima do patamar pré-pandemia registrado no quarto trimestre de 2019.

De janeiro a setembro, o PIB acumulou alta de 3,2%, na comparação com o mesmo período do ano passado.

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