O presidente dos EUA, Donald Trump, notificou os parceiros da petroleira estatal venezuelana PDVSA — entre eles a espanhola Repsol — que suas autorizações para exportar petróleo e derivados da Venezuela foram canceladas, informou a imprensa norte-americana nas últimas horas.
Além da Repsol, entre as companhias afetadas estão a estadunidense Global Oil Terminals, a italiana Eni, a francesa Maurel & Prom e a indiana Reliance Industries. Essas empresas haviam recebido autorizações para operar com o petróleo venezuelano em suas refinarias ao redor do mundo, de maneira excepcional às sanções contra o chavismo.
Essas licenças foram concedidas durante a gestão do presidente democrata Joe Biden. No entanto, de acordo com a imprensa dos EUA, a maior parte dessas empresas já havia suspendido as importações de petróleo venezuelano após Trump ordenar, nesta semana, uma tarifa de 25% sobre os compradores de petróleo e gás da Venezuela. As informações são da Exame.
Contudo, nos casos da Repsol e da Reliance, que possuem forte presença nos EUA, foi solicitada autorização para operar na Venezuela a fim de evitar sanções.
Agora, as companhias têm até o final de maio para liquidar suas operações no país, intensificando a campanha do governo Trump para isolar a Venezuela.
Agenda econômica: chegada das tarifas de Trump movimenta a semana
Março está chegando ao fim, e o início de abril traz dados sobre a saúde econômica de países ao redor do globo para a agenda econômica. Assim como ocorreu na última semana, o mercado seguirá monitorando as chamadas “tarifas recíprocas”, frequentemente prometidas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Segundo Trump, seu objetivo é aplicar às importações dos EUA a mesma reciprocidade tarifária que as exportações norte-americanas enfrentam em outros mercados. O republicano afirma que uma possível retirada dessas tarifas no futuro dependerá das negociações com outros países em relação às taxações sobre produtos norte-americanos no exterior.
Diante desse cenário, as preocupações com a inflação predominam no mercado, especialmente porque o núcleo do índice de preços PCE — indicador favorito do Federal Reserve — acelerou em fevereiro e veio acima do esperado.