O cenário fiscal dos países da América Latina, combinado às políticas comerciais do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, deve influenciar os investimentos na região, incluindo o Brasil, segundo análise da gestora Janus Henderson divulgada nesta segunda-feira (13).
Os déficits nas contas públicas “provavelmente terão um impacto significativo nas moedas locais e, consequentemente, nos retornos de investimentos atrelados a essas moedas”, destacou Mario Aguilar, estrategista sênior de portfólio da Janus Henderson. Ele lembrou que muitos investimentos dependem de itens importados cotados em dólar. As informações são do Investing.
Os analistas da Janus Henderson explicaram que os déficits fiscais afetam a política macroeconômica, forçando as autoridades monetárias a elevar as taxas de juros para conter a inflação, o que prejudica o crescimento econômico.
“No curto prazo, o Brasil pode se beneficiar de um real mais fraco, enquanto a Argentina deve enfrentar desafios com uma moeda mais forte, devido à convergência entre a cotação paralela e a oficial”, completou Aguilar.
O especialista também considera que Chile e Brasil apresentam potencial como mercados interessantes para investimentos de médio e longo prazo, mas aponta algumas condições essenciais.
“Se as políticas fiscais forem ajustadas e o capital privado for respeitado, o crescimento pode ser retomado”, concluiu.
Bezos, da Amazon, não vê ameaça de relação entre Musk e Trump
O fundador da Amazon (AMZO34), Jeff Bezos, afirmou que não acredita que o presidente-executivo da SpaceX, Elon Musk, usará seus laços estreitos com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, para prejudicar a Blue Origin, empresa espacial de Bezos. Além disso, ele se mostrou “muito otimista” em relação à agenda espacial do novo governo.
O lançamento inaugural do foguete New Glenn, da Blue Origin, estava previsto para a madrugada desta segunda-feira (13), após vários atrasos, mas foi adiado por pelo menos mais um dia devido a um problema de última hora com o veículo.
O New Glenn é um foguete de 98 metros de altura, projetado para reduzir o domínio de mercado da SpaceX e marcar a entrada da Blue Origin no negócio de lançamento de satélites.
“Elon deixou bem claro que está fazendo isso no interesse público, não para seu ganho pessoal. E eu o levo a sério”, disse Bezos, de acordo com a Folha de S.Paulo.