A presidente do México, Claudia Sheinbaum, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, se posicionaram, neste sábado (12), contra as ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas de 30% sobre produtos importados do México e do bloco europeu a partir do dia 1º. Em resposta, ambas defenderam a retomada do diálogo com a Casa Branca e propuseram a abertura de negociações para estabelecer novos acordos comerciais.
As ameaças representam mais um capítulo da escalada tarifas de Donald Trump nesta semana. Na última quarta-feira (9), o Brasil foi incluído na nova rodada da guerra tarifária, com o anúncio de que seus produtos poderão ser taxados em 50% a partir da mesma data, caso o País não interrompa o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.
Durante o encontro, representantes dos Ministérios da Economia e das Relações Exteriores do México foram notificados sobre as novas tarifas. Em resposta, classificaram a medida como injusta e manifestaram discordância em relação aos termos propostos.
Os dois ministérios destacaram que “o México já está em negociações” para construir uma solução alternativa às tarifas, com o objetivo de “proteger empresas e preservar empregos em ambos os lados da fronteira”.
Trump impõe tarifa de 30% a produtos do México e da UE
Depois de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, Donald Trump voltou a mirar o comércio internacional. Neste sábado, 12, o presidente dos EUA revelou que pretende impor uma nova tarifa de 30% sobre as importações provenientes do México e da União Europeia, com previsão de início em 1º de agosto.
O anúncio foi feito por meio de duas cartas publicadas nas redes sociais. Ambas foram endereçadas diretamente às líderes envolvidas: Claudia Sheinbaum, presidente do México, e Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia.
De acordo com Trump, a medida só será efetivada caso esses parceiros não apresentem “melhores termos comerciais” aos EUA. A iniciativa faz parte da estratégia do presidente norte-americano para pressionar países a renegociarem acordos que, segundo ele, são desfavoráveis aos interesses norte-americanos.