O republicano Donald Trump, presidente dos EUA, refutou nesta quinta-feira (24) as alegações da China de que ambos os países não teriam mantido conversas para amenizar a guerra comercial em curso, dizendo que houve reuniões mais cedo no dia.
“Eles tiveram uma reunião esta manhã”, disse Trump a repórteres, no entanto, ele não identificou a quem estava se referindo.
“Não importa quem são ‘eles’. Podemos revelar mais tarde, mas eles se reuniram esta manhã, e temos nos reunido com a China”, afirmou o republicano, segundo o “InfoMoney”.
O governo chinês afirmou nesta quinta-feira que não teve discussões comerciais com Washington, mesmo diante dos comentários do governo dos EUA sugerindo que isso aconteceu.
“A China e os EUA não realizaram consultas ou negociações sobre tarifas, muito menos chegaram a um acordo”, comentou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, em uma coletiva de imprensa.
Enquanto isso, Trump e o secretário do Tesouro, Scott Bessent, sinalizaram que uma redução das tensões com a China pode ocorrer nesta semana.
Neste mês, a Casa Branca impôs tarifas de 145% sobre os produtos chineses, o que fez com que Pequim respondesse com suas próprias taxas e aumentasse as restrições sobre as exportações de minerais essenciais para o país norte-americano.
Trump vai isentar montadoras de algumas tarifas dos EUA
O presidente dos EUA, Donald Trump, planeja poupar as montadoras de algumas de suas tarifas mais onerosas, em mais um “passo para trás” na guerra comercial, após intenso lobby de executivos do setor nas últimas semanas.
A medida isentaria peças de automóveis das tarifas que Trump está impondo sobre importações da China — parte da estratégia para combater a produção de fentanil —, bem como daquelas cobradas sobre aço e alumínio.
As isenções manteriam, porém, em vigor uma tarifa de 25% que o presidente impôs sobre todas as importações de carros fabricados no exterior. Segundo a Folha de S.Paulo, uma taxa separada de 25% sobre peças também seguirá em vigor e deve começar a ser aplicada a partir de 3 de maio.
Apesar de a Casa Branca já ter protegido os automóveis das tarifas “recíprocas” anunciadas para os principais parceiros comerciais, companhias automobilísticas norte-americanas têm pressionado por mais isenções nas últimas semanas.
As concessões representam mais uma vitória para o setor automobilístico — e mais uma derrota para a política tarifária agressiva de Trump.