Expert XP 2024

Trump seria melhor para bancos e big techs, diz gestor

Segundo o sócio e gestor de ações globais no Opportunity, Bruno Waga, republicanos "influenciam menos na parte de regulação"

Bruno Waga
Foto: reprodução/Linkedin

Durante o painél “Eleições nos EUA: Quais os impactos nos mercados?”, no Expert XP 2024, o sócio e gestor de ações globais no Opportunity, Bruno Waga, disse que a vitória de Donald Trump nos EUA seria melhor para os bancos e big techs.

“Acho que o setor de financials é um setor que poderia ir bem melhor com o governo Trump, bancos, por exemplo, porque será um cenário de menos interferência regulatória. Saiu até que o Jamie Dimon, do JP Morgan, seria parte do governo Trump, que além de ser um gênio, entende muito melhor sobre qual é a função de otimização do setor bancário para a economia e como as regras deveria ser colocadas”, disse Waga.

Em relação às big techs, Bruno disse que era esperado que o governo Biden fosse “muito mais em cima” das empresas, mas foi “bastante sutil”. “De maneira geral, os republicanos influenciam menos na parte de regulação e acho que eles poderiam defender as empresas americanas da regulação europeia”, completou o gestor.

Bruno fez comentários sobre outros setores da economia e as possíveis influências positivas e negativas dos candidatos à presidência. Sobre o varejo, Waga disse que “não está claro” quem seria melhor ou pior.

“Dos dois lados tem algum debate. No caso da Harris, a visão de aumentar o corporate taxes influenciariam 100% nas empresas, que estão nos EUA, em sua maioria. Por outro lado, no governo Trump, o aumento de imposto de importação também é pior para as varejistas”, disse.

Já em relação ao setor de energia renovável, o gestor de ações globais no Opportunity vê “muito mais para o lado democrata”.

Eleições EUA: Kamala x Trump lembra Lula x Bolsonaro, diz especialista

Durante o painél “Eleições nos EUA: Quais os impactos nos mercados?”, no Expert XP 2024, o presidente da polling da Ipsos nos EUA, Cliff Young, disse que a disputa entre Kamala Harris e Donald Trump este ano lembra a eleição brasileira de 2022, entre Lula e Bolsonaro.

“Me parece um ano eleitoral muito parecido com a disputa entre Lula e Bolsonaro em 2022. Bolsonaro quase ganhou, só precisa de algumas semanas a mais, na minha opinião. O que Lula fez bem foi focar os temas principais ao longo do segundo turno, e levou tempo para Bolsonaro focar. Então, é um paralelo interessante”, disse Young.

De acordo com o especialista, embora Harris tenha mudado as pesquisas, o cenário eleitoral nos EUA é incerto.

“A nossa grande questão é entender a que ponto essa mudança é real, que vai durar até o fim da eleição. Harris é diferente, trouxe muita energia e está conseguindo mobilizar a base democrática. Por outro lado, Trump domina os fundamentos políticos, é o candidato mais forte a respeito da inflação, um assunto que Biden não conseguiu resolver para os americanos”, destacou Cliff.


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