Após o Copom (Comitê de Política Monetária) anunciar sua decisão na quarta-feira (1º) de manter a Selic (taxa básica de juros) inalterada em 10,50% ao ano, especialistas visualizam cenários. Para o UBS, o anúncio foi razoável e novos cortes devem surgir, mas dependerão de como o Governo Federal se comportará em relação às contas públicas.
Apesar de parte do mercado ter interpretado o direcionamento do Copom, do BC (Banco Central) como um pouco “dovish” (voltado para estímulo econômico), a visão do UBS é de que “a lição de casa foi feita”.
O economista-chefe do UBS no Brasil, Alexandre Azara, chegou a definir a decisão do BC como razoável.
O especialista defendeu que a operação do BC de acompanhar a inflação nos próximos seis trimestres, até 2026, ao invés de apenas durante o ano-calendário, foi um direcionamento acertado. Se a instituição fosse observar somente o que acontece em 2024, provavelmente teria que elevar a Selic.
“É preciso deixar claro, porém, que isso foi feito com um dólar, na média, a R$ 5,55. Hoje já está R$ 5,66. Se o câmbio for acima de R$ 5,70, uma alta de juros começa a ser mais necessária”, disse Azara, de acordo com o “InfoMoney”.
Petrobras (PETR3): “novo capitão, mesmo navio, mesmos ventos”, vê UBS BB
Apesar das recentes mudanças na gestão, as perspectivas para a Petrobras (PETR3; PETR4) continuam positivas, com expectativas de robustos rendimentos de dividendos.
Esta avaliação foi destacada pelo UBS BB em um relatório divulgado após uma reunião com a nova CEO, Magda Chambriard, o CFO, Fernando Melgarejo, e outros executivos da empresa.
A percepção é de que a estatal de petróleo teria um novo capitão, mas o “mesmo navio e mesmos ventos”.
O UBS BB recomendou a compra das ações da Petrobras, estabelecendo um preço-alvo de R$49 para as ações ordinárias e preferenciais, e uma estimativa de US$19,4 para as American Depositary Receipts (ADRs).