A Ucrânia declarou estado de emergência nesta quarta-feira (23) em todo seu território, exceto nas regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, onde a medida já está em vigor desde 2014. O governo ucraniano solicitou que seus cidadãos na Rússia deixem o país, enquanto Moscou começou a esvaziar sua embaixada em Kiev no último e sinistro sinal para os ucranianos que temem um ataque militar completo da Rússia.
“Em todos os territórios do nosso país, com exceção das regiões de Donetsk e Luhansk [que são designadas como áreas de guerra]”, será imposto um estado de emergência”, disse o chefe de Segurança Nacional da Ucrânia, Oleksiy Danilov.
O estado de emergência permite que o presidente do país, Volodimir Zelensky, crie comissões especiais compostas pelo governo central e por autoridades regionais para implementar medidas de segurança adicionais em toda a Ucrânia.
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Os bombardeios foram intensificados na linha de contato no leste da Ucrânia, onde o presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu a independência de duas regiões rebeldes apoiadas por Moscou nesta semana, e decretou o destacamento de tropas russas como “mantenedores da paz”.
Danilov explicou que as medidas incluem “reforçar a segurança de locais públicos” e de outras áreas que são de importância crítica para a população ucraniana. “Isso pode incluir restrições ao movimento de transportes, inspeções adicionais no transporte e a fiscalização dos documentos de indivíduos”, disse o chefe do Conselho de Segurança.
Segundo o chefe da pasta de egurança nacional, as medidas mais rígidas devem ser implementadas em áreas que fazem fronteira com Rússia e Belarus, assim como na península anexada da Crimeia e nas regiões separatistas.
