Uso de energia limpa pode forçar reeducação na economia das principais potências

Vários setores da Bolsa Brasileira (B3) podem ser afetados pela crise hídrica

O Brasil tem avançado muito na produção de energia limpa. Segundo documento publicado em fevereiro deste ano pelo GNPW Group, a matriz elétrica do país é 82,9% de fonte de energias sustentáveis e limpas, enquanto a média global é de 26,7%.

Apesar do panorama de geração de energia limpa nacional ser alto, a dependência de uma única fonte é um problema. O que pode ser notado pela crise hídrica que vem se agravando e elevando custos de energia elétrica em todo o país, além de possível racionamento.

No que diz respeito ao aumento de custos, ele ocorre porque as empresas de distribuição de energia repassam a alta dos preços para os consumidores, porém, companhias geradoras são fortemente afetadas. Além disso, vários setores da Bolsa Brasileira (B3) também podem sentir perdas, como Mineração, indústria automobilística, siderúrgicas, saneamento, entre outros que podem alongar a lista consideravelmente.

Além da crise hídrica, outro receio quanto aos custos de energia elétrica é a Medida Provisória (MP) de privatização da Eletrobras, que foi sancionada, recentemente, pela Presidência da República.

Em outros países, a busca por uma “resolução climática” leva a pensar no tema. Um exemplo é a China, que assumiu um compromisso para reduzir suas emissões de carbono e vem fazendo movimentos para frear produções de metais como aço e alumínio, o que gerou intensas quedas nas commodities. Mas o país vem fazendo movimentos para nivelar os preços.

Os EUA seguem com esforços para mobilizar potências econômicas e industriais em busca de uma melhora em seus posicionamentos em relação ao uso de energia renovável, o que pode ser percebido na última reunião do G20, em que Janet Yellen, secretária do Tesouro dos Estado Unidos, afirmou que as políticas de emissões de carbono e mudança climáticas “não estão bem alinhadas”, como foi mencionado pelo O Globo.

O país norte-americano está enfrentando uma onda de calor que tem elevado o número de incêndios, além do aumento do número de doenças e mortes ligadas ao fenômeno. Anterior a isso, ele havia passado por uma onda de frio que deixou pontos da região sem energia.