Economia

Varejo entre dezembro e fevereiro deve ter cautela, diz Ibevar

É esperada uma queda de 1,24% nas vendas do varejo de dezembro ante novembro, segundo cálculos da Ibevar

Foto: Varejo/Pixabay
Foto: Varejo/Pixabay

O varejo restrito, aquele que exclui bens de maior valor, a exemplo de veículos, motos e materiais de construção, deve ter cautela entre dezembro e fevereiro. Uma pesquisa do Ibevar, que prevê um recuo de 0,3% nas vendas durante o período.

É esperada uma queda de 1,24% nas vendas do varejo de dezembro ante novembro, com uma avanço mensal de 0,70% em janeiro e outra de 0,24% em fevereiro, segundo o Ibevar.

Já no caso do varejo ampliado, a instituição espera uma alta em torno de 1% no volume de vendas no trimestre, sendo +0,19% em dezembro e em janeiro, acelerando para 0,59% em fevereiro.

O presidente do Ibevar e professor da FIA Business School, Claudio Felisoni de Angelo, apontou que o cenário previsto mostra uma clara distinção no consumo, com crescimento modesto para itens essenciais, como farmacêuticos, e bens duráveis de maior valor, como veículos, ao passo que setores ligados à casa e vestuário enfrentam retração.

“Isso reflete um consumidor cauteloso, priorizando gastos essenciais e saúde, possivelmente aproveitando condições especiais de financiamento para veículos, enquanto posterga renovações domésticas e de vestuário”, explica Felisoni em nota.

Para os produtos farmacêuticos estima-se uma alta de 1,1%, para os veículos avanço de 0,9%. No caso dos segmentos alimentos e supermercados, a expectativa é de vendas estagnadas.

Do outro lado da linha, no setor de tecido espera-se queda de 0,3%, nos móveis e eletrodomésticos recuou de 2,3% e em material de construção retração de 7,2%.

Varejo cresce 0,5%, número abaixo das expectativas

As vendas do varejo cresceram 0,5% em setembro em relação a agosto, apontaram dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (12). O percentual está 0,6% abaixo do esperado, de 1,1%. O aumento na média móvel trimestral foi de 0,3%, uma vez que houve queda de 0,2% em agosto.

Na comparação anual, em relação a setembro de 2023, houve um crescimento de 2,1% nas vendas, o que representa a 16ª alta seguida. O aumento acumulado das vendas em 2024 é de 4,8% e de 3,9% nos últimos 12 meses.

Já no varejo ampliado – que inclui partes e peças, veículos, motos, bebidas, fumo, material de construção e atacado de produtos alimentícios – o aumento mensal foi de 1,8% e o anual de 3,9%. Em 2024, as vendas do varejo ampliado cresceram 4,5% e, nos últimos 12 meses, 3,8%.

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