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Varejo: setor deteriora com escândalos e endividamento de empresas

Foto: Varejo/Pixabay

O setor de varejo é consideravelmente sensível ao cenário macroeconômica e tem passado por uma série de perdas. Segundo especialistas ouvidos pelo BP Money, essa sensibilidade é maior quando se trata das empresas que trabalham com e-commerce — o que é comum entre as companhias em 2024.

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Outro ponto que os especialistas chamam atenção é o nível de endividamento das empresas no segmento do varejo. Como exemplo, a empresa que “caiu na boca do povo”, a Lojas Americanas (AMER3), chegou a ter uma dívida de R$ 43 bilhões. Já as Casas Bahia (BHIA3), uma dívida de R$ 4,1 bilhões.

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Além dessas mais conhecidas, o setor como um todo vem sofrendo, especialmente pela perda do poder de compra de consumidoresbe pela alta dos preços. “Pensando no macro da Bolsa, o ambiente não está favorável”, comentou Pedro Serra, gerente de Research da Ativa Investimentos.

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Além disso, Serra apontou que essas empresas também são muito dependentes do “quesito cartão de crédito”. “Isso pressiona o consumidor com juros mais altos. Você pode ver o consumidor mais inadimplente ou uma maior restrição no fornecimento de crédito para o consumidor poder gastar”.

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Sendo assim, o segmento acaba sendo influenciado por dois indicadores econômicos: inflação e os juros.

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Reforçando a afirmativa, o investidor da Corano Capital, Bruno Corano, apontou que a “deterioração é consequência da queda do consumo”.

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“Com o aumento dos juros, o custo de aquisição desses produtos fica comprometido, porque o parcelamento se torna muito mais caro”, acrescentou Corano.

Varejo: Magalu, Casas Bahia e Lojas Americanas chamam atenção do mercado

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Além do cenário, envolvendo o comércio, colocando uma lupa no mercado financeiro, há três ações de varejistas que têm chamado atenção: Casas Bahia, Lojas Americanas e Magazine Luiza (MGLU3).

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A maior parte das empresas do setor de varejo, negociadas na B3 (B3SA3), acumularam perdas no primeiro semestre de 2024. Em relação às três mencionadas, no 1º semestre, a AMER3 acumula queda de 57,14%, a MGLU3, 43,34% e a BHIA3, 51,94%.

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Mesmo com a contração, Pedro Serra, gerente de Research da Ativa Investimentos, exaltou a o Magalu dizendo que ela possui a “força do varejo”.

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Já Bruno Corano, da Corano Capital, colocou o Magalu e as Casas Bahia numa “mesma cesta”, apontando para suas necessidades semelhantes.

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“As Casas Bahia e o Magalu se assemelham no varejo de lojas, porque elas têm muitas unidades, custo alto, as duas têm um grau de endividamento e dependem dos juros baixos para se viabilizar com mais facilidade. Até para vender mais.”

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Já em relação às Lojas Americanas, eles apontaram que ela pode ser afetada pelo noticiário com os desdobramentos da notícia envolvendo fraudes e um rombo de R$ 20 bilhões.

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Além disso, os especialistas apontaram que a empresa atua com maior força no segmento de alimentos – diferente do Magalu e das Casas Bahia –, fazendo com que ela tenha certo apoio quando os consumidores escolhem adquirir produtos simples, como um “bombom”. Contudo, os consumidores podem ficar inseguros quando se tratar de compras maiores como eletrodomésticos.

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Por fim, os especialistas ponderaram que o mercado de ações é cíclico. Mesmo para um setor que é fortemente afetado por juros e inflação, chega a ser um processo natural as variações das ações.

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