SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A tensão gerada pela nova variante da Covid-19 nesta sexta-feira (26) resultava em baixas generalizadas das ações de empresas que fazem parte do Ibovespa, o índice de referência da Bolsa de Valores brasileira.
Companhias mais vulneráveis a eventuais medidas de restrição de circulação eram as mais atingidas pela onda de aversão aos investimentos de risco, com destaque para os setores de aviação e turismo.
Atividades ligadas ao varejo, ao setor financeiro e à produção de combustíveis também apareciam na lista dos principais prejuízos.
Às 12h33, as dez maiores quedas na Bolsa eram as das empresas Gol (-13,39%), Azul (-12,12%), PetroRio (-9,60%), Embraer (-9,51%), CVC (-9,46%), Getnet (-8,08%), Banco Inter (-7,27%), Banco Pan (6,99%), Cogna Educacional (-6,80%) e Iguatemi (-6,52%).
O Ibovespa recuava 3,64%, a 101.957.
As commodities mais importantes para o mercado brasileiro também sofriam o impacto, com destaque para a forte queda do petróleo. O barril do Brent recuava 5,25%, a US$ 77,90 (R$ 427,03). Os contratos futuros de minério de ferro desabaram 4,87%.
A queda dessas mercadorias puxava as ações de maior liquidez do país para o fundo. A Petrobras e Vale caíam 4,12% e 3,52%, liderando a relação dos papéis mais negociados.
As ações do Bradesco caíam 5,03%, ocupando a terceira posição em volume de negociações.
“Não é um bom dia para a bolsa brasileira, até pelas fortes quedas no petróleo e minério de ferro, que vinham garantindo um desempenho razoável nos últimos dias”, disse Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura.
Detectada no começo desta semana, uma nova variante do Sars-Cov-2, que causa Covid, gerou uma grande onda de preocupação em vários países do mundo.
Ainda é cedo para entender seus efeitos sobre o contágio, a gravidade da doença ou a eficácia da vacina, mas, como ela apresenta muitas mutações, governos preferiram se antecipar enquanto forças-tarefa de cientistas trabalham “24 horas por dia” para entendê-la.