Se os brasileiros já andam em alerta com o uso da energia doméstica, agora o cuidado é redobrado. Isso por que o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo, explicou em seu voto-vista que a privatização da Eletrobras (ELET3) pode gerar um aumento de 4,3% a 6,5% ao ano nas tarifas dos consumidores.
As informações foram baseadas em um estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), realizado em julho do ano passado.
Segundo o ponto de vista do voto, os dados do estudo levam em consideração os aportes a serem feitos à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), para amortizar as contas de luz nos próximos anos.
“O resultado indicou, com as premissas indicadas no voto, um custo adicional para o consumidor em 30 anos, entre R$ 52,4 e R$ 104,2 bilhões, a valor presente líquido, levados em conta os aportes da CDE.
Isso corresponde a um aumento tarifário entre 4,3% e 6,5% ao ano”, diz o voto do ministro Vital do Rêgo.
Durante a apresentação da sua proposta nesta terça-feira (15) o ministro garantiu que não existe neutralidade tarifária com a privatização.
Em seu voto, que está sendo discutido no plenário do órgão fiscalizador, Vital do Rêgo apontou que estimativas do Ministério de Minas e Energia (MME) sobre impacto nas tarifas são divergentes dos encaminhados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).