Vendas de ativos de estatais supera R$ 100 mi desde 2019

As estatais que são alvo da desestatização já foram palco de algum escândalo.

Com a venda do restante da participação na BR Distribuidora, o programa de vendas da Petrobras superou, em julho, os R$ 100 bilhões. Se contabilizado de 2019 até agora, o montante é de aproximadamente R$ 101 bilhões.

Contudo, desde maio a petroleira ainda não registrou nenhum novo desinvestimento. Os dados computados pela Secretaria de Desestatização do Ministérios da Economia levantam uma questão: como estarão as estatais após o expurgo? No geral, o intuito do desinvestimento é priorizar as atividades das companhias que possuem uma finalidade principal, ou “core business”.

Desde janeiro de 2019, não houve um trimestre em que não fosse anunciada a venda de algum ativo da Petrobras. Segundo a coluna Broadcast, o registro mais modesto foi a venda de térmicas de óleo por R$ 95 milhões. Já o mais volumoso foi a da transportadora de gás TAG, em junho de 2019, por R$ 335 bilhões.

Como acionista controlador da Petrobras, o Tesouro é beneficiado com expressivos dividendos, além do Imposto de Renda (IR) incidente nessas vendas.

Já em relação ao BNDES, que possui uma política de zerar o catálogo de participações direta em empresas, e a Caixa a proporção do ganho é maior, considerando que o Tesouro é acionista integral dos dois bancos. Além disso, com o caixa abastecido pelas vendas, as companhias têm a possibilidade de antecipar pagamento de aportes realizados pelo Tesouro.

Além da estratégia de alienação de bens, as estatais que são alvo da desestatização já foram palco de algum escândalo, como acusações financeiras, favorecimento a algum grupo empresarial, ou, até mesmo, servindo para interesses políticos.