RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O volume de vendas do comércio varejista do país subiu 1,2% em julho, na comparação com junho. O resultado foi divulgado nesta sexta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O desempenho ficou acima das expectativas do mercado. Analistas consultados pela agência Bloomberg esperavam elevação de 0,6% nas vendas.
Após os impactos iniciais da pandemia, o comércio aposta na reabertura de lojas e no menor nível de restrições a atividades para se recuperar.
A retomada, contudo, é ameaçada pela recente escalada da inflação e pelo desemprego elevado. Em conjunto, os dois fatores diminuem o poder de compra da população.
Já o desemprego atingiu 14,4 milhões de brasileiros no segundo trimestre. À época, a taxa de desocupação foi de 14,1%. Para complicar, a renda dos trabalhadores que estão empregados dá sinais de fragilidade.
Devido à pressão inflacionária, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) passou a subir a taxa básica de juros, a Selic. Os juros maiores, em um contexto de desemprego acentuado e preços em alta, jogam contra o consumo das famílias.