O varejo brasileiro teve suas vendas acrescidas em 0,5% em fevereiro, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) divulgados nesta quarta-feira (9). O aumento foi registrado com relação a janeiro de 2025 e o medidor acumula alta de 1,5% na comparação anual do mesmo período.
De acordo com especialistas de Reuters, um crescimento de 0,50% está alinhado com as expetativas do mercado, mas sugeriram um avanço de 1,60% na equiparação com fevereiro de 2024. O índice voltou a apresentar crescimento após uma sequência de resultados próximos de 0, considerado estabilidade para os especialistas do IBGE.
Para o economista Maikon Douglas, o resultado no mês reforça o cenário de atividade econômica mais forte na primeira etapa de 2025. “o varejo restrito está com um carry-over de 0,5% para este trimestre. No entanto, o setor segue mais fraco do que já vimos antes”, comentou.
Ele salientou que o varejo ampliado está em déficit de 3,5% na variação trimestral móvel anual e com a continuidade da alta dos juros, uma reversão do cenário no longo prazo é improvável.
Varejo foi puxado por hipermercados
Quatro das oito atividades investigadas na pesquisa avançaram em fevereiro deste ano. Dentre elas, os destaques foram os setores de Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,1%) e de Móveis e eletrodomésticos (0,9%).
“Em fevereiro, observamos a volta de um protagonismo para o setor de hiper e supermercados, após um período de seis meses, desde agosto, com variações próximas de zero, com estabilidade” explica a gerente da Pesquisa Mensal de Comércio, Cristiano Santos.
“Em outubro do ano passado, móveis e eletrodomésticos, equipamentos e material para escritório, informática e comunicação e tecidos, vestuário e calçados eram os setores que estavam puxando o resultado, dado também um certo freio que Hiper e supermercados teve ao longo de 2024”, completou.