As vendas do comércio do varejo em São Paulo devem alcançar R$ 83,1 bilhões em maio. De acordo com a FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), as vendas serão 1,6% menores do que o registrado no mesmo mês no ano passado.
Mesmo assim, segundo a projeção divulgada na sexta-feira (6), o resultado será o segundo melhor para o mês desde o início da série histórica da pesquisa, em janeiro de 2008. O valor só deve ser ultrapassado por maio de 2021, quando as vendas atingiram R$ 84,4 bilhões.
Em nota, a entidade afirmou que “a taxa estimada para este ano pode ser um indicativo de redução no ritmo do consumo. Neste sentido, o fato mais preocupante – e o obstáculo que pode ser decisivo para a manutenção de um ciclo mais aquecido e sustentado de vendas – é a inflação, elemento de maior impacto negativo sobre o poder de compra das famílias, em especial se considerarmos o alto nível de endividamento dos consumidores”.
Dentre os grupos que se destacaram no período, apenas as vendas nas lojas de vestuário, tecidos e calçados; e de farmácias e perfumarias devem mostrar crescimento, em função do Dia das Mães. As altas estimadas para os grupos são de 3,2% e 0,6%, respectivamente.
Por outro lado, o faturamento das lojas de eletrodomésticos e eletrônicos deve cair 17%. Para as lojas de móveis e decoração a redução esperada é de 9,7%. Nos supermercados, as vendas devem recuar 2,6%.
Brasil e alta da inflação
A inflação segue sendo uma das principais preocupações no País. Nesta semana, o Copom (Comitê de Política Monetária) se reuniu para atualizar suas projeções para a inflação. A estimativa do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) foi de 7,3% em 2022, e 3,4% em 2023.
Além disso, o colegiado elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual, de 11,75% para 12,75%. O Banco Central também sinalizou uma extensão do aperto monetário para a próxima reunião do Comitê, “com um ajuste de menor magnitude”.