Volta de prefixados com menor vencimento chegam a 12,3% ao ano

Investidores pedem cada vez mais juros para emprestar ao governo

Com as mudanças econômicas no país a atenção dos agentes financeiros segue voltada para os desdobramentos da PEC dos Precatórios. Na próxima quarta-feira (24) o relator da proposta, o senador Fernando Bezerra (MDB-PE), deve apresentar o texto Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). 

Diante desse cenário, a quantidade de investidores que pedem juros para emprestar ao governo cresce ainda mais, graças a elevação das projeções para a inflação oficial e o aumento dos riscos fiscais neste ano. Estes são indicadores que iriam demandar uma postura ainda mais contracionista do Banco Central sobre a taxa Selic. 

Novamente o destaque veio dos retornos oferecidos pelos papéis prefixados, que chegaram a crescer 14 pontos-base, durante a abertura dos negócios. Durante a tarde os papeis tiveram um pequeno recuo e pararam em 12 pontos-base. 

Durante a atualização das 15h21 no horário de Brasileia, o Tesouro Prefixado 2024, por exemplo, oferecia juro de 12,30% ao ano, contra os 12,32% no início do dia. Na sessão anterior, a remuneração desse papel atingia um percentual de 12,18%. 

Já a rentabilidade oferecida pelo Tesouro Prefixado 2026 era de 12,07% ao ano no mesmo horário, ficando abaixo dos 12,10% ao ano, da abertura das negociações. Essa mudança representa um avanço de 9 pontos-base em relação ao patamar registrado nesta segunda-feira (22). 

Nos títulos atrelados à inflação, as taxas disponiblizadas pelo Tesouro IPCA+ 2055, com pagamento semestral de juros, eram de 5,35% ao ano, às 15h21, contra 5,37% no início do dia. Este resultado supera o percentual de 5,30% registrados no dia anterior. 

Títulos atrelados à inflação se destacaram na preferência dos investidores, com participação de 46,7% nas vendas.