A queda do volume do setor de serviços em fevereiro, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (12), foi decepcionante na avaliação da XP (XPBR31). Segundo relatório realizado pelo economista Rodolfo Margato, a corretora analisou os dados divulgados na PMS (Pesquisa Mensal de Serviços) como “decepcionantes”, considerando as estimativas realizadas por especialistas da companhia, e pelo consenso geral do mercado.
A expectativa para as receitas reais do setor de serviços do parte da XP eram de 0,9%, enquanto a do consenso geral do mercado era de 0,7%. Todavia, o resultado divulgado na PMS foi de 0,2%, muito abaixo do esperado.
Segundo a pesquisa da XP, esse resultado pode ter ligação com os impactos da disseminação da variante Ômicron da covid-19, ainda no início deste ano.
A comparação dos resultados do IBGE com o mês de fevereiro do último ano também foi abaixo do estudo da corretora. Enquanto a XP aguardava crescimento de 8,5% e o consenso geral do mercado 8,6%, o dado divulgado na PMS foi de 7,4%.
Relatório da XP também pontuou dados que apresentaram melhoras
Apesar dos resultados consideravelmente menores do que os especulados pela XP, a empresa reforçou em seu relatório que há pontos positivos para se destacar. Enquanto algumas categorias da pesquisa apontaram resultados muito abaixo do esperado – como “Serviços de Informação e Comunicação”, “Outros Serviços”, e “Serviços Prestados às Famílias” – outras refletiram melhora e um caráter mais otimista segundo a análise da XP.
Setores de “Serviços de Transporte e Armazenagem”, “Transporte Terrestre”, e “Serviços Administrativos e Complementares” tiveram resultados mais positivos, influenciados pela recuperação parcial da produção industrial, e da reabertura econômica no País, de acordo com o relatório.
Além disso, o estudo da XP apresentou otimismo para o IBC-Br – o Índice de Atividade Econômica do Banco Central – e estimou crescimento de 0,2% do índice entre janeiro e fevereiro deste ano. A projeção positiva foi também para o PIB (Produto Interno Bruto) para os três primeiros meses de 2022, com o crescimento de 0,3% no índice em comparação ao último trimestre do último ano.