A atual situação hídrica brasileira é preocupante, e segundo estimativas de um relatório publicado pela XP, há uma probabilidade de racionamento de energia elétrica de 17,2% nos próximos 12 meses.
“Em agosto, o cenário hidrológico brasileiro piorou significativamente, com os níveis dos reservatórios caindo abaixo do esperado. A piora em relação às nossas expectativas pode ser explicada por uma ENA significativamente menor, parcialmente compensada por importações de energia e uma menor geração hídrica. Como resultado, atualizamos nossas estimativas e vemos a probabilidade de racionamento nos próximos 12 meses aumentar para 17,2% de 5,5% no relatório anterior,” destacam os analistas.
Conforme a companhia, para evitar os mais diversos cenários, o Ministério de Minas e Energia publicou algumas medidas preventivas, como venda de contratos de energia de consumidores do mercado livre para o mercado cativo via redução de consumo, além de contratação de usinas ociosas e outras ações. Caso essas medidas sejam eficazes e se economize até 2,5GWmed (gigawatts médio), a probabilidade de racionamento de energia da XP cai para 11%.
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No cenário base, a corretora diz que não vê a necessidade de racionamento nos próximos 12 meses, porém a previsão a nível consolidado dos reservatórios ficou menor, diminuindo para 13% em novembro deste ano, conforme o Sistema Interligado Nacional (SIN) , e a utilização de capacidade maior.
“O ponto de ruptura para o nosso modelo agora é se a energia afluente natural média (ENA) ficar abaixo de 63% da média de longo prazo (anteriormente 55%). De acordo com nossos cálculos, a probabilidade de a ENA ficar em 63% ou menos (portanto, ocorrer racionamento de energia) é de 17,2%”, explica o relatório da XP.
