A XP Investimentos elevou nesta terça-feira (8), atráves de relatório assinado por economistas e estrategistas, a projeção para a alta do IPCA para o fim de 2022 em 1 ponto percentual, a 6,2%, com o choque de custos provocado pela guerra na Ucrânia devendo intensificar a persistência da inflação elevada. As informações são da Reuters.
A estimativa para a alta do IPCA de 2023 também aumentou, a 3,80%, de 3,25% anteriormente –no entanto, a casa agora vê inflação acima da meta também para o próximo ano.
Os objetivos perseguidos pelo Banco Central são ?3,50% para este ano e 3,25% para o próximo.
“O mundo já vinha se defrontando com demanda aquecida e cadeias de produção desestruturadas… Neste sentido, o choque adicional de custos representado pela guerra na Ucrânia tem um efeito sobre a economia global ainda maior do que numa situação ‘normal’”, declarou a corretora.
“Para o Brasil, o choque global significa inflação mais persistente, especialmente de alimentos e energia”, disse.
Os preços do petróleo Brent chegaram as máximas desde 2008 na segunda-feira, já as commodities que influenciam o preço de alimentos para o consumidor, como o trigo, também têm disparado desde que a Rússia deu início à invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro.
Como, o Banco Central do Brasil deve manter os juros altos por ainda mais tempo, com o intuito de garantir a convergência da inflação à meta até 2024, disse a XP.
Economistas mantiveram as projeção de que a taxa Selic chegará a 12,75% ao fim do atual ciclo de aperto monetário do Bacen, “mas entendemos agora que o espaço para cortes (de juros) virá apenas em 2023”, no primeiro trimestre.
m cenário anterior, a XP esperava que um ciclo de afrouxamento seria iniciado em dezembro deste ano.
Para o término de 2023, a XP revisou sua expectativa para o patamar da Selic a 8,25%, de 7,50%. “O patamar de 7,50%, que julgamos neutro, deverá ser atingido somente em 2024”, afirmaram os especialistas.