A XP, em relatório divulgado nesta sexta-feira (29), estima que a população ocupada total cresceu 0,7% entre fevereiro e março de 2022, de 95,3 milhões para 96,0 milhões. Este corresponde ao 12º aumento consecutivo na margem.
De acordo com analistas da XP, a melhora do cenário de emprego está em curso desde o segundo trimestre de 2021, impulsionado principalmente em decorrência da reabertura econômica no mercado pós-pandemia.
As expectativas foram divulgadas após a publicação de dados referentes à taxa de desemprego no Brasil pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Conforme dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), a taxa de desemprego recuou para 11,1% no primeiro trimestre de 2022. O resultado surpreendeu positivamente o mercado, cujo consenso era estimado em 11,4%.
Além disso, entre fevereiro e março deste ano, a PEA (População Economicamente Ativa) avançou 0,2%, de 107,4 milhões para 107,6 milhões. Em março de 2022, de acordo com cálculos da XP, a população ocupada foi cerca de 1% acima do registrado em 2020, antes da pandemia da Covid-19.
Analistas da XP avaliam que o crescimento advém, em especial, com o aumento do emprego informal. Em março de 2022, de acordo com estimativas, houve um avanço de 0,9%. Com isso, a população empregada sem carteira assinada totalizou 40,9 milhões, o que corresponde a 1,1% do total registrado no período pré-pandemia.
Por sua vez, o nível de emprego formal subiu 0,5% no mês de março, devido sobretudo aos ganhos na categoria de “trabalhadores do setor privado com carteira assinada”. Os empregos formais somaram 55,1 milhões no mês, 0,8% superior aos números vistos dois anos atrás.
Para o final de 2022, a XP acredita que a taxa de desemprego no Brasil deve chegar a 10,4%. Com relação à taxa média anual de desemprego, analistas estimam uma taxa de cerca de 11%.