“O Brasil vem crescendo bem e supera as expectativas de projeções dos economistas há cinco anos”, afirmou Caio Megale, economista-chefe da XP Inc., em entrevista ao BP Money, nesta quarta-feira (30), durante o Summit de Negócios Made In Bahia. O evento destaca a evolução do panorama empresarial na região.
De acordo com o economista, esse crescimento tem sido impulsionado pelos estímulos do governo e por um ambiente econômico favorável desde a recuperação da pandemia. “Na nossa visão, vamos continuar crescendo em torno de 2% a 2,50% nos próximos anos”, acrescentou Megale.
Ele também mencionou desafios enfrentados pelo país, como a pressão inflacionária que eleva os juros. No cenário externo, ele destacou as incertezas causadas pelas eleições nos EUA e tensões geopolíticas.
XP otimista em relação às economias emergentes
Questionado sobre o cenário para os países emergentes, Megale destacou a visão otimista da XP, especialmente para o Brasil. “O mundo demanda os produtos que nós produzimos, e o Brasil tem um mercado consumidor bastante dinâmico”, disse ele.
Ele também mencionou o estímulo ao empreendedorismo no Brasil, independentemente das ações governamentais. Apesar das incertezas, Megale se mostra confiante quanto à economia nacional a longo prazo: “Os juros ainda são altos, o ambiente é volátil, há incertezas internacionais, mas acreditamos que, entre altos e baixos, o Brasil continuará crescendo”.
Megale: apostas na vitória de Trump e fiscal sustentam dólar forte
Em entrevista exclusiva ao BP Money, o economista-chefe da XP, Caio Megale, falou sobre os fatores que tem culminado na alta do dólar frente ao real. Na terça-feira (29), a moeda norte-americana chegou aos R$ 5,761, maior patamar desde 2021.
De acordo com Megale, as apostas na vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas têm exercido grande peso no câmbio.
“Estamos a poucos dias da eleição presidencial norte-americana e a grande maioria do mercado acredita em uma vitória do Trump, em sites de apostas está mais ou menos 70% a 30% de probabilidade para ele vencer. E Donald Trump é visto como um candidato com políticas de dólar forte”, disse.