Educação financeira

Modalidades de renda fixa, qual investir?

A renda fixa é a modalidade de investimento preferida dos investidores com perfil conservador

A renda fixa é a modalidade de investimento preferida dos investidores com perfil conservador, porém, até aqueles que possuem um perfil de risco têm na carteira investimentos do tipo. Mas afinal, qual renda fixa investir?

Para começarmos a falar sobre o tema é importante entender que a renda fixa é um investimento realizado diretamente em Títulos Públicos e Privados de Renda Fixa. Funciona como se quem compra um título desse tipo de investimento estivesse “emprestando” dinheiro ao emissor do papel, que pode ser um banco, uma empresa ou até mesmo o Governo. 

Quando ocorre um aumento da Selic, a taxa básica de juros, a renda fixa se torna mais atrativa, por ser um fator de impacto na rentabilidade desse investimento. Mas é importante ressaltar que qualquer tipo de investimento precisa estar alinhado com os objetivos do investidor. 

Na renda fixa, é possível saber a sobre a sua remuneração desde o momento da aplicação, o que difere da renda variável, que é o oposto. Em relação à tributação, os investimentos de renda fixa estão sujeitos a uma tabela regressiva de Imposto de Renda, com alíquotas que diminuem conforme o prazo de investimento, sendo a menor alíquota de 15% e a mais alta de 22,5%.

O tipo de papel influencia na rentabilidade da renda fixa e existem três formas tradicionais de remuneração, que são os papéis prefixados (fixos e estabelecidos no momento de lançamento), pós-fixados (atrelados a algum indicador de referência, como a Selic) e híbridos (mesclam características de aplicações pré e pós-fixadas).

Confira os principais investimentos em Renda Fixa, segundo a XP Investimentos:

Títulos Públicos

Quem investe nos títulos públicos está emprestando dinheiro ao governo. Esses são considerados os mais seguros por serem emitidos pelo governo. As opções de investimento nessa modalidade seriam o Tesouro Direto e os Títulos Públicos Federais.

– Tesouro Direto: programa que possibilita a negociação através da internet de títulos públicos por pessoas físicas.

– Títulos Públicos Federais: são emitidos pelo governo, por meio do Tesouro Nacional, com objetivo de captar recursos para financiamento da atividade pública.

Poupança

A poupança é o investimento mais tradicional do país e segue diretrizes estabelecidas pelo governo. Nessa modalidade não há taxas de aplicação, nem incidência de Imposto de Renda.

CDBs

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é uma modalidade de títulos nominativos emitidos pelos bancos e caixas econômicas e são vendidos aos investidores como uma forma de captação de recursos do emissor.

Debêntures

As debêntures são valores mobiliários que representam dívidas de médio e longo prazos de emissoras.

LCI e LCA

Essas são emitidas por instituições financeiras, com a diferença de serem restritas àquelas com alguma atividade de crédito relacionada ao setor imobiliário ou do agronegócio.

– Letra de Crédito Imobiliário (LCI): É um instrumento de captação que pode ser emitido por instituições autorizadas pelo Banco Central, com objetivo de financiar o setor imobiliário que tem como lastro financiamentos imobiliários garantidos por hipoteca ou alienação fiduciária do imóvel.

– Letra de Crédito do Agronegócio (LCA): Título emitido por instituições financeiras públicas e privadas, vinculado a direitos creditórios originários do agronegócio.

CRI e CRA

Os Certificados de Recebíveis são produtos financeiros que envolvem securitização. 

– Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI): Os Certificados de Recebíveis Imobiliários são títulos lastreados em créditos imobiliários, representativos de parcelas de um direito creditório.

– Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA): Os Certificados de Recebíveis do Agronegócio estão vinculados a direitos creditórios originários de negócios realizados, em sua maioria, por produtores rurais ou suas cooperativas, relacionados ao financiamento da atividade agropecuária.