O 5G é a nova geração de internet móvel, uma evolução da conexão 4G atual. O objetivo é trazer mais velocidade para baixar e enviar arquivos, além de reduzir o tempo de resposta entre diferentes dispositivos e torne as conexões mais estáveis.
A nova tecnologia também promete ligar muitos objetos à internet ao mesmo tempo, como o 4G faz, mas com uma melhoria na conexão. Com a chegada em São Paulo, nesta quinta-feira (4), o 5G já está em cinco municípios brasileiros: Brasília, Porto Alegre, João Pessoa e Belo Horizonte, além da capital paulista.
No caso de São Paulo, apenas alguns pontos das cidades serão beneficiados com a tecnologia, de acordo com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
Como funciona o 5G
O 5G, em teoria, é mais veloz do que o atual 4G. As velocidades máxima e média aumentaram consideravelmente desde o 2G, a primeira rede digital, lançada nos anos 1990.
A proposta é tornar tudo conectado, como celulares, carros, geladeira, máquinas de lavar e câmeras de segurança, entre outros eletrônicos. De acordo com especialistas, o 5G permitirá que mais de 1 milhão de aparelhos se conectem por metro quadrado.
Atualmente, as redes móveis 4G mais rápidas oferecem, em média, aproximadamente 45 Mbps (megabit por segundo), mas a indústria ainda tem esperança de alcançar 1 Gbps (gigabit por segundo = 1.024 Mbps).
Para o 5G, a fabricante de chips Qualcomm acredita que a nova tecnologia pode atingir rapidez de navegação e download cerca de dez a 20 vezes mais rápida.
O 5G usa faixas de frequência mais altas da telefonia para funcionar, de 3,5 GHz (Gigahertz) a pelo menos 26 GHz. Estas têm uma capacidade maior, mas como seus comprimentos de onda são menores, significa que seu alcance é mais curto.
Com isso, são chamadas de “ondas milimétricas” e são bloqueados mais facilmente por objetos físicos. Estima-se que surgirão módulos de antenas de telefonia menores, próximos ao chão, propagando as chamadas “ondas milimétricas” do 5G entre um número bem maior de transmissores e receptores.
O que o 5G irá permitir?
Todas as vantagens citadas acima prometem um leque de aplicações para os usuários. Tecnologias como os carros autônomos e a telemedicina devem avançar com o 5G, bem como a chamada “indústria 4.0” com toda a linha de produção automatizada.
Com isso, cirurgias feitas remotamente se tornarão ainda mais confiáveis quando a rede oferecer um tempo de resposta mínimo.
O 5G também pode revolucionar o próprio smartphone, já que as altas velocidades permitiriam que muito do processamento de tarefas deixe de acontecer no chip do aparelho e passe a ser na nuvem, pegando emprestado a potência dos computadores.
Isso também pode acontecer com acessórios médicos, como pulseiras e relógios conectados. Além disso, as videochamadas devem se tornar mais claras.
Para os amantes de jogos on-line, a experiência também será aprimorada, assim como as transmissões de vídeo ao vivo, que devem travar menos.
Custo do 5G
Geralmente as operadoras não oferecem acesso exclusivo a um tipo de tecnologia de rede, mas cobram pela franquia de dados utilizada.
Porém, as empresas ainda não definiram se haverá reajustes nos preços de pacotes de dados, pois ainda vão levar meses até que a tecnologia esteja disponível.
O que é preciso para usar o 5G?
Se você reside em uma das cinco capitais que já têm acesso ao 5G, é preciso apenas ter um celular compatível com a nova tecnologia.
Cumprindo o requisito, não é necessário fazer nada, ele entra em ação automaticamente quando o aparelho estiver próximo de uma antena.
Quais são os celulares com 5G?
De acordo com a Anatel, apenas aparelhos homologados pela agência podem ser vendidos informando que suportam a tecnologia.
Os usuários devem conferir a lista de modelos antes de comprarem um novo celular e verificar o selo da Anatel localizado no aparelho ou no manual.
Vale salientar que a Anatel estará atualizando a lista constantemente, então modelos que não aparecerem abaixo podem entrar em seguida.
– Apple: iPhone SE, iPhone 13, iPhone 13 Pro, iPhone 13 Pro Max, iPhone 13 Mini, iPhone 12, iPhone 12 Pro, iPhone 12 Pro Max e iPhone 12 Mini;
– Motorola: Edge (20, 20 Pro, 20 Lite, 30, 30 Pro), Moto G50 5G, Moto G 5G Plus, Moto G71, Moto G200, Moto G 5G, Moto G G100, Moto G82;
– Samsung: Galaxy Note 20 5G e Ultra 5G, Galaxy Z Fold 2 5G, Galaxy Z Flip 3, Galaxy Z Fold 3, Galaxy S20 FE 5G, Galaxy S21 5G, Galaxy S21 Ultra 5G, Galaxy S22 e Galaxy S22 Ultra, Galaxy A73 5G, Galaxy A23 5G, Galaxy A22 5G, Galaxy M23, Galaxy M52, Galaxy M53, Galaxy M33, Galaxy A13 5G, Galaxy S21 FE, Galaxy A53, Galaxy A52s, Galaxy A52, Galaxy A33;
– Xiaomi: Xiaomi 12, Xiaomi 12 Lite, Xiaomi 11 Lite 5G, Poco M3 Pro 5G, Poco M4 Pro 5G, Poco X4 Pro 5G, Redmi 10 5G, Redmi Note 10 5G, Redmi Note 11 Pro 5G;
– TCL: TCL 20 Pro 5G;
– Infinix: Zero 5G;
– Nokia: Nokia G50;
– Lenovo: Legion Phone Duel.
Com o tempo, a tendência é que todos os aparelhos incorporem a compatibilidade 5G, assim como aconteceu com o 4G.