Educação financeira

Pré e pós-fixado: quais as diferenças e como funcionam esses títulos de renda fixa

Qual o melhor momento para investir em um dos dois e quais são as características principais de cada um?

Na renda fixa existem os títulos pré e pós-fixados. Mas qual a diferença entre eles? Qual o melhor momento para investir em um dos dois? E quais são as características principais de cada um?

Bom, o BP Money trará as principais respostas para esses questionamentos para ajudar ao leitor saber qual o seu melhor tipo de aplicação, se será no pré ou pós-fixado. 

Logo de cara, a principal diferença entre eles é que, em um título pré-fixado, o investidor já sabe qual será a rentabilidade, desde que ele mantenha o papel até o seu vencimento. Já no caso dos pós-fixados, o investidor não sabe o valor que irá receber, já que depende de fatores que ocorrem após o momento da aplicação.

O que é o título pré-fixado

Como o nome já indica, nos títulos pré-fixados o investidor conhece previamente o rendimento que terá com a aplicação, pois a rentabilidade já é fixada desde o início. Eles seguem uma porcentagem ao ano. 

Com isso, quando um título apresenta rentabilidade de 8% ao ano, por exemplo, é possível saber que o investidor terá uma rentabilidade nessa porcentagem em doze meses. 

No entanto, essa situação pode mudar caso o investidor venda o seu título antes do vencimento, já que existe uma relação inversa entre o preço do título e a taxa de juro.

Tesouro Prefixado e Debêntures são exemplos de títulos pré-fixados. O primeiro está entre as opções oferecidas pelo Tesouro Direto e é o que remunera de acordo com o que for determinado no ato da aplicação.

Já na Debênture, você empresta seu dinheiro para uma empresa e se torna credor dela, recebendo de volta com juros no fim do acordo. Os títulos podem ser conversíveis ou simples, o que significa que podem ser convertidos em ações da empresa emissora, no primeiro caso ou não, no segundo.

O que é o título pós-fixado

Nos títulos pós-fixados, o investidor não sabe sobre a rentabilidade no momento da aplicação, pois ela dependerá do desempenho de um indexador, que é usado para corrigir o valor ou a remuneração dos títulos.

No entanto, é possível ter uma previsão do retorno que o investidor terá. Para isso, basta acompanhar a taxa que o título está atrelado. Por exemplo, o Tesouro Selic está atrelado à taxa básica de juros do Brasil, então é possível ter uma estimativa do retorno do investimento.

Além do próprio Tesouro Selic, outros exemplos de investimentos pós-fixados são os Fundos DI, que aplicam ao menos 95% do patrimônio em títulos públicos atrelados ao CDI ou à taxa Selic, e os CDB’s (Certificados de Depósito Bancário), no qual os bancos emitem para arrecadar mais recursos. Investindo em um CDB, o investidor empresta à instituição que posteriormente paga com juros.

Investimentos híbridos em renda fixa

Existem também os títulos híbridos, pois mesclam os pré-fixados com os pós-fixados. O Tesouro IPCA+ é um exemplo, pois apresenta uma taxa prefixada, além de um acréscimo da variação acumulada da inflação ao longo do período.

Isso garante poder de compra para o investidor, já que faz com que esse investimento em renda fixa fique sempre acima da inflação. 

Qual escolher entre o pré e o pós-fixado?

A escolha é sempre muito pessoal, pois depende sempre dos objetivos e do perfil do investidor. É preciso ter sempre em mente a meta que pretende traçar com a aplicação. 

Para tentar ajudar o investidor, iremos fazer um exercício: caso deseje realizar uma viagem daqui a dois anos, é aconselhável escolher um título pré-fixado com uma data de vencimento próxima da viagem pois, dessa forma, será possível saber exatamente quanto o dinheiro irá render. 

Agora, caso a meta seja construir uma reserva de emergência, um investimento no título pós-fixado cumpre bem o papel.