Educação financeira

Reserva de Emergência: o que é e por que fazer uma

Ter e investir esse recurso é considerado o primeiro passo para ter um equilíbrio financeiro e evitar sustos

O planejamento é sempre um aliado quando está começando a se organizar para guardar uma quantia significativa para uma precisão, a que chamamos de reserva de emergência. 

Ter e investir esse recurso é considerado o primeiro passo para ter um equilíbrio financeiro e evitar sustos. Mas como criar e definir essa reserva de emergência? 

Esse investimento é aquele dinheiro que, ao invés de deixar guardado debaixo do colchão, permanece protegido das perdas inflacionárias ou oscilações da renda variável, como as ações, por meio de um investimento conservador.

O que é a reserva de emergência

É uma poupança guardada ao longo de um tempo para cobrir possíveis despesas que venham a surgir. A reserva de emergência atua como uma espécie de proteção para que situações urgentes, como uma demissão, não peguem o investidor desprevenido.

No Brasil, no entanto, a cultura de educação financeira ainda não é tão difundida, por isso milhões de brasileiros continuam sofrendo para pagar contas. Muitos deles, inclusive, sequer conseguem juntar dinheiro para esses momentos de necessidade.

Por que ter uma reserva de emergência

A reserva emergencial deve ser feita sempre de maneira responsável e planejada para que não falte dinheiro ao surgir imprevistos. Aliado a isso, é importante calcular o valor para que os recursos possam crescer em um produto de renda variável, de longo prazo, que não estejam disponíveis desnecessariamente para uma demanda de curto prazo. 

Como definir o valor da reserva de emergência

Esse valor irá variar de acordo com a soma das despesas mensais e o tempo de despreocupação que o investidor terá. Gastos da família, como moradia, alimentação, financiamentos e saúde, precisam ser colocados na ponta do lápis. 

Após ter esses números, é necessário multiplicar a quantidade de meses que deseja ter segurança. Assim, se os custos são de R$ 5 mil por mês e o objetivo é se garantir financeiramente por seis meses, o montante da reserva de emergência deve ser de R$ 30 mil. 

Para definir o tamanho da reserva de emergência, alguns especialistas recomendam considerar as condições específicas de cada um:

– Regularidade das receitas: quanto maior for, mais previsível será o volume de recursos que a pessoa poderá gastar e será capaz de poupar.

Como exemplo, um funcionário de uma empresa geralmente recebe o mesmo salário todos os meses, enquanto um autônomo pode ter variações de renda de um mês para o outro, tendo uma maior instabilidade em seu orçamento pessoal; 

– Empregabilidade: a perda do emprego é, com certeza, uma das emergências financeiras mais comuns. O tamanho da reserva dependerá muito da facilidade para conseguir um novo trabalho; 

– Compromissos já assumidos: gastos que a pessoa já possui e que não podem ser interrompidos também fazem diferença. Um plano imobiliário ou de saúde são gastos que persistirão mês após mês, havendo uma emergência ou não; 

– Produtos financeiros: seguros de vida, de residência ou de automóvel, que oferecem segurança para alguns casos específicos de emergências.

Como criar uma reserva?

Agora que você já sabe como definir o tamanho da reserva, como criá-la? Organize seu orçamento e identifique gargalos financeiros e excessos, para que tenha um espaço significativo para começar a poupar. 

É importante estabelecer um valor mensal para guardar e passe a destiná-lo à reserva de emergência. A dica é não esperar “sobrar” dinheiro para investir e poupar, até porque é bem possível que não sobre nada para isso. 

Guardar o máximo que conseguir é ótimo, mas o mais importante é manter uma constância, mesmo que seja em quantias menores. Não pare de guardar dinheiro para a reserva de emergência até que ela tenha atingido o valor que você estabeleceu como sendo o ideal.

Onde guardar a reserva de emergência

Os melhores investimentos para a reserva de emergência são os produtos de liquidez diária. Além de fazer o valor render, um outro ponto positivo é o de poder retirar a aplicação a qualquer momento. 

Com isso, bancos com contas remuneradas se tornam uma opção, já que oferecem retornos diários de 100% do CDI, sendo que alguns chegam a pagar até mais. 

Outra opção é aplicar em CDB, que paga entre 90% e 100% da taxa DI, produtos com baixo risco de crédito e indicados para investidores de perfil conservador. Nesse caso também vale a pena se o produto oferecer liquidez diária.

Por fim, mas não menos importante, o Tesouro Selic também se apresenta como uma boa opção para a reserva de emergência. 

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